A Iduka é uma plataforma onde podes criar uma campanha de angariação de
fundos para financiar os teus estudos, participar em programas de voluntariado
e ter acesso a estágios profissionais.
«Não basta facilitar o financiamento dos estudos pós-secundário. O nosso
objetivo é que finalizada a formação académica pós-secundária, o estudante
encontre uma saída profissional que garanta a sua sustentabilidade», explica
Miguel Martim, fundador da Iduka, ao Canal Superior.
O projeto surgiu em 2009, nos Estados Unidos, depois de Miguel ter
enfrentado dificuldades em financiar o próprio programa de doutoramento, na
Universidade da Califórnia, em Santa Bárbara.
Com o intuito de aliviar a mesma provação que «milhares» de outros
estudantes enfrentam diariamente, sendo que uns acabam «mesmo por desistir ou
abandonar os estudos» e outros são «forçados a colocar na prateleira os seus
sonhos por falta de meios financeiros», Miguel Martim decidiu criar uma plataforma
no sentido de «promover o financiamento [colaborativo] do ensino
pós-secundário».
A Iduka, hoje uma Instituição Particular de Solidariedade Social, chegou a
Portugal há três anos. Mas a funcionalidade dedicada ao crowdfunding ficou
disponível a partir deste mês.
O projeto, dinamizado, para já, apenas por voluntários, é direcionado a
estudantes da CPLP - Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. «Uma vez que
neste momento a Iduka não tem protocolos assinados com as instituições de
ensino portuguesas, apenas aceitamos inscrições de candidatos que preencham
determinados requisitos de elegibilidade», frisa Miguel Martim.
Para integrar o projeto, os estudantes devem frequentar cursos
«prioritários para o desenvolvimento do país», isto é, formações ligadas a
áreas como ciência, tecnologia, engenharia, gestão hoteleira e estudos
oceânicos.
Na Iduka estão, atualmente, a decorrer quinze campanhas de angariação de
fundos e outros quinze processos estão sob a avaliação da plataforma.
Miguel Martim destaca ao Canal Superior três das iniciativas em curso na
Iduka: #NoColorShame,
uma campanha na área da educação contra a discriminação de estudantes albinos,
em Moçambique, o projeto «ScholarCHIP 4 Refugees», uma iniciativa de
apoio a refugiados que pretendam estudar em Portugal, e uma campanha de
formação de professores, a «Power of 10 Teachers».
Os interessados em investir no percurso de estudantes que buscam apoio
financeiro podem fazê-lo aqui..
POR ANGÉLICA PRIETO do http://informacao.canalsuperior.pt/noticia/
22/03/2016
17:31
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