https://run.unl.pt (PDF)
https://run.unl.pt/handle/10362/101127
Dissertação de Mestrado
FCSH - Universidade Nova de Lisboa
Departamento de Antropologia
Fev 2020
Este estudo pretende compreender por um lado as diferentes motivações para iniciação e manutenção de um novo estilo de vida associado ao trabalho digital transnacional e por outro, a uma busca de entendimento sobre a fronteira ténue entre trabalho e lazer. No mundo globalizado, onde o trabalho pode ser efetuado em qualquer parte com recurso à tecnologia e numa altura em que há maior facilidade de desenvolver e manter múltiplas relações familiares, económicas, sociais, organizacionais, religiosas ou políticas que ultrapassam fronteiras, a predisposição para quebrar as convenções e a viabilidade de trabalhar em trânsito quando as ferramentas para o realizar são móveis, torna-se bastante atrativa. Isto, levou ao surgimento de novas “comunidades” independentes de localização e que se movem aparentemente por escolha própria. Estas, não obedecem a padrões de migrações forçadas devido a conjunturas políticas, a catástrofes naturais ou à busca de um futuro melhor, mas sim, à possibilidade de adotar um novo estilo de vida desprovido de vínculos a um só local. Nesta nova cultura de trabalho remoto em que não existe uma residência permanente, mas sim uma deslocação constante, as motivações para a adoção deste “nomadismo” podem ser variadas. Desde um maior equilíbrio entre emprego e lazer, a vontade de viver um estilo de vida menos convencional, o ímpeto de adquirir novo capital cultural ou gerar algum impacto nos locais de permanência temporária.
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