A transição dos estudantes para o Ensino Superior contempla um conjunto de exigências e desafios académicos e psicossociais destacados neste volume de temático da Revista de Psicologia, Educação e Saúde UO Revista E-Psi . de Almeida, LS, Araújo, AM, Ferreira, JA, Almiro, PA, & amp; Marques-Costa, C. (Eds.) (2014). Adaptação e Susesso Académico no Ensino Superior. Revista E-Psi , 4 (1).
ACEDER em: http://www.revistaepsi.com , OU AQUI
Alguns Jovens surpreendem-se com o modo como conseguem enfrentar as exigências colocadas pela transição do ensino secundário para o ensino superior. Outros porem, precisam de Ajuda para lidar com esta nova problemática, como revelam os estudos sobre os níveis de insucesso, abandono no 1º ano e pedidos de alteração de curso.
estas realidades são determinadas por diversos fatores.
Leandro de Almeida Coordenador do Relatório final do Projecto "Transição, Adaptação e Rendimento Académico de Jovens no ensino superior", identifica como exigências necessárias que se colocam no ingresso ao ensino superior, que se podem agrupar em quatro domínios fundamentais:is:
Académico - Adaptação aos novos ritmos e estratégias de aprendizagem e aos novos sistemas de avaliação.
Sociais - Estabelecimento de novos padrões de relacionamento mais maduros, com a família, docentes, colegas, com o sexo oposto e com as figuras de autoridades.
Pessoal - Aumento do sentido de identidade, exigências de autonomia, desenvolvimento da intimidade e de uma visão pessoal do mundo;
Vocacionall - Exploração e compromisso com objectivos educativos e / ou profissionais enquadrados no curso.
UM TESTEMUNHO - O artigo do Expresso, datado de 16.8.2015, com o título A passagem do secundário para a faculdade:
UM TESTEMUNHO - O artigo do Expresso, datado de 16.8.2015, com o título A passagem do secundário para a faculdade:
"O bolseiro do QEM em Engenharia e Gestão Industrial, no Instituto Superior Técnico, explica em detalhe como muda tudo com a entrada na faculdade.
Variadas
vezes me foi dito que uma das passagens mais difíceis da vida de um estudante
era a passagem do secundário para a faculdade. Noites sem dormir, horas
infindáveis agarrado aos livros, a abdicação de praticamente tudo o que é lazer
e divertimento. Tenho a confessar que, no início deste ano, ao entrar numa das
faculdades mais exigentes do país, me encontrava um pouco assustado com a
chegada desta nova realidade. Mas rapidamente todos estes mitos se
desvaneceram. Porquê? Apenas devido a um conceito que, nunca tendo sido
necessário na minha vida académica, nunca me foi apresentado: a Gestão do
Tempo. Passo a explicar: durante o Ensino Secundário, temos, por ano, entre 5 a
7 disciplinas. Cada uma destas disciplinas exige cargas de trabalho diferentes,
mas é bastante fácil conciliar o estudo com todas as outras actividades. E
ainda sobra bastante tempo. Tenho a dizer que, ao olhar para os três anos
passados no secundário, sinto que tive muitas horas livres. Nunca abdiquei de
nenhuma actividade extra-curricular, nunca estudei pela noite dentro. E não
posso dizer que tenha corrido mal. Tudo isto devido à quantidade enorme de
tempo que dispunha para fazer tudo aquilo que gostava e que precisava. Ora, na
minha opinião, a mudança principal que existe do secundário para a faculdade
dá-se aqui, ao nível da carga de trabalho. Claro que isto varia de curso para
curso, e, dentro de cada um destes, de cadeira para cadeira. Mas, por norma, o
que se passa é o seguinte: para manter os resultados do ensino secundário é necessário
dedicar um número muito maior de horas ao estudo do que aquelas que se
dedicavam no secundário. Isto não acontece porque temos um número muito maior
de cadeiras (aliás, a maior parte dos cursos tem 5 cadeiras por semestre), mas
sim porque cada uma destas cadeiras (volto a insistir, na maior parte dos
casos) tem um grau de exigência enorme. Exemplificando: na área de Ciências e
Tecnologias, no 12.º ano, tive a disciplina de Física. A maior parte dos
conceitos abordados nesta disciplina já tinham sido ensinados durante os anos
anteriores! O que acontece nesta disciplina é que se aprofundam esses mesmos
conceitos. Na faculdade, o panorama muda. A maior parte das cadeiras são
completamente constituídas por matérias com conceitos absolutamente novos e que
vão ser extremamente aprofundados. O que quer isto dizer na prática? Muitas e
muitas horas de estudo, para assimilar tudo aquilo que foi leccionado nas
aulas. Não pretendo assustar ninguém com o que escrevi anteriormente. Apenas
quero tornar claro que o esforço, a dedicação, o empenho tem que aumentar para
que os alunos tenham o maior sucesso nos seus cursos. É possível ter boas notas
na faculdade e conciliar isso com todas as outras actividades (nas quais se
incluem passar tempo com família, amigos, fazer desporto, etc.). Vou tentar
explicar como o fiz ao longo deste ano (não que seja uma receita para toda a
gente, mas, no meu caso, teve algum sucesso). Durante o fim-de-semana, é
importante planear a semana seguinte (como é óbvio convém ter em mente as datas
mais importantes das semanas seguintes). Em primeiro lugar, tudo o que é
obrigações da faculdade. Como estudantes que somos, é importante ter em mente
que este é o nosso trabalho (e aquilo que, em princípio, definirá o nosso
futuro a nível profissional) e, como tal, são as nossas tarefas enquanto
estudantes que devem estar em primeiro lugar. Como tal, é necessário preencher
o horário com as entregas, testes e períodos de estudo. Depois, marcar todas as
actividades extra-curriculares (por exemplo, treinos desportivos, etc.). E por
fim, marcar períodos de descanso e de lazer. Mas como arranjar tempo para fazer
isto tudo? Bem, isso cabe a cada um decidir. Às vezes cortar em alguns minutos
actividades não tão importantes pode ser bastante útil. Mesmo que sejam apenas
uns minutos por dia, ao final da semana já vão ser algumas horas. E isso faz
toda a diferença."
Ler também
Ler também
Skills for the 21st Century: A Meta-Synthesis of Soft-Skills and Achievement
By Nicole E. Lee
Sem comentários:
Enviar um comentário