Eduardo Sá (psicólogo clinico, psicanalista e professor de psicologia clínica da Universidade de Coimbra no ISPA e é Diretor da Clínica Bebés & Crescidos), vai proferir a conferência “A Psicologia e o Futuro” no 1º Congresso Nacional da Ordem dos Psicólogos Portugueses, a realizar de 18 a 21 de Abril, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa.
Esta conferência será uma reflexão sobre as grandes conquistas que o mundo contemporâneo vive desde há 200 anos, com particular atenção para os custos de uma ideia positivista da ciência.
Com recurso a uma entrevista publicada na Revista Oficial daquela Ordem Profissional - PSIS 21 - clarifica a sua reflexão. De momento colocaremos aqui, só uma 1ª parte desta entrevista.
PSIS21: Em que consiste a sua conferência?
Eduardo Sá: A minha conferência pretende fazer uma reflexão centrada nas grandes conquistas que o mundo contemporâneo vive desde há 200 anos, chamando a atenção para os custos duma ideia positivista da ciência, nomeadamente, em relação ao esvaziamento dos atos de humanidade, à subjetividade humanas à curva normal, defendendo que as pessoas (e a psicologia) serão os grandes eixos das transformações sociais e civilizacionais no futuro.
PSIS21: Que transformação vê como mais relevantes a nível familiar e educacional?
Eduardo Sá: Teremos neste momento, as melhores famílias que a Humanidade jamais conheceu. Mas temos uma escola que não se adequa, como devia, aos ritmos e às necessidades das crianças. Um sistema educativo que, por vezes, parece assumir-se como uma linha de montagem de jovens tecnocratas de mochila (e que, qual publicidade enganosa, os converte em mestres aos 23 anos), não é nem amigo das crianças nem amigo do futuro. Famílias que cultivam, como nunca, uma ideia de família e pessoas mais instruídas e mais educadas são o princípio duma revolução tranquila.
(continua)
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