sexta-feira, 30 de outubro de 2015
Crie um Curriculum Vitae compreensível para toda a Europa
Crie um Curriculum Vitae compreensível para qualquer pessoa em toda a Europa:
https://ec.europa.eu/eures
MOBILE LAB - novo portal de conteúdos multimédia
Foi lançado o MOBILE LAB, um novo portal de conteúdos multimédia que pretende explicar o funcionamento das comunicações móveis ao mesmo tempo que permite aos alunos do ensino secundário (10.º, 11.º e 12.º anos) consolidarem os seus conhecimentos de Matemática e Física.
O MOBILE LAB é um projeto desenvolvido pela Vodafone Portugal em parceria com o INOV-INESC, a Direção-Geral da Educação (DGE) e a Direção-Geral da Saúde.
SABER mais: http://www.dge.mec.pt
quinta-feira, 29 de outubro de 2015
quarta-feira, 28 de outubro de 2015
TRABALHAR COM PESSOAS DIFÍCEIS CAUSA PROBLEMAS PSICOSSOCIAIS
(os riscos psicossociais estão a laranja)
1º RISCO psicossocial identificado nas empresas: "Ter de lidar com clientes, pacientes, alunos, etc...difíceis
As conclusões constam do Segundo Inquérito Europeu às Empresas sobre Riscos Novos e Emergentes (ESENER-2), (https://osha.europa.eu/pt/) - da Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho, apresentado hoje em Lisboa durante um workshop dedicado “Às condições de trabalho e a qualidade de vida no quotidiano: o contributo da Segurança e Saúde Ocupacional”.
Na comunicação social: http://lifestyle.sapo.pt/saude/
Na comunicação social: http://lifestyle.sapo.pt/saude/
sábado, 24 de outubro de 2015
"Associação Anti-bullying com Crianças e Jovens"
Paulo Costa, investigador do CIEC, funda "Associação Anti-bullying com Crianças e Jovens", na sequência do seu doutoramento em Estudos da Criança.
Página da Associação no Facebook:
https://www.facebook.com/AABcCJ
SABER mais:
https://ciecum.wordpress.com/2015/10/23/investigador-do-ciec-cria-associacao-anti-bullying/
quinta-feira, 22 de outubro de 2015
Indisciplina na escola: Para uma pratica integrada
Publicado a 29/01/2015
A indisciplina e violência nas escolas são sentidas como fatores que contribuem para o aumento dos índices de mal-estar e stress nos diferentes agentes educativos e nos alunos. De acordo com a literatura no domínio, a problemática tende a agravar-se, o que justifica uma avaliação e intervenções integradas por parte das escolas e dos diferentes intervenientes no processo educativo. Esta prática, desenvolvida no Agrupamento de Escolas de Frazão em Paços de Ferreira, teve como objetivos gerais melhorar o clima psicossocial da escola e também, contribuir para a redução das ocorrências disciplinares dentro e fora da sala de aula. O trabalho que agora se apresenta, consistiu na organização de processos de consultadoria / formação, através das modalidades de Oficina de Formação e Seminário. O público-alvo direto foram os professores do agrupamento em questão e indiretamente, incidiu também sobre os alunos. Os projetos realizados contemplaram objetivos, níveis de escolaridade e espaços distintos, tendo no seu conjunto, dado corpo a um projeto integrado de promoção dos comportamentos positivos a implementar.
http://webinar.dge.mec.pt/2014/11/20/...
http://webinar.dge.mec.pt/2014/11/20/...
segunda-feira, 19 de outubro de 2015
sábado, 17 de outubro de 2015
Recurso: School Violence/School Climate
BACK OFF BULLY - Power Dynamics in Other Settings e School Violence/School Climate
Autores: Stuart W. Twemlow, MD.; Frank C. Sacco, Ph.D.; Stephen W. Twemlow
sexta-feira, 16 de outubro de 2015
Plataforma Nacional para a Redução do Risco de Catástrofes
Plataforma Nacional para a Redução do Risco de Catástrofes
A segurança dos milhares de edifícios
onde funcionam escolas e hospitais
do país serão avaliadas no próximo
ano. Esta é uma das acções da Plataforma
Nacional para a Redução do
Risco de Catástrofes (PNRRC), coordenada
pela Autoridade Nacional
de Protecção Civil (ANPC). A ideia é
desenvolver fichas de auto-avaliação dos edifícios, que serão depois
preenchidas pelos responsáveis das
escolas e dos hospitais, um método
utilizado no Estudo do Risco Sísmico
e de Tsunamis do Algarve, que detectou
fragilidades signifi cativas naquele
tipo de infra-estruturas.(...) Ontem assinalou-se o Dia Internacional
para a Redução de Catástrofes,
um pretexto para lançar um site da
PNRRC (www.pnrrc.pt), a entidade
nacional que dá corpo à Estratégia
Internacional para a Redução de Catástrofes,
lançada pela Organização
das Nações Unidas (ONU) em 2000.
Mariana Oliveira Jornal Publico 14.10.15
Blogue "nutrimento"
Blogue do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável ( http://nutrimento.pt/ )- O blogue disponibiliza sugestões para se comer barato que passam por adequar o tipo e corte de carne ao método de confecção, além de muitas receitas saudáveis.
(http://www.alimentacaosaudavel.dgs.pt/)
quinta-feira, 15 de outubro de 2015
STOP BULLYING
Outubro - mês da prevenção. Tomar medidas para parar com o bullying, em:
http://www.stopbullying.gov/ (em língua inglesa).
http://www.stopbullying.gov/ (em língua inglesa).
quarta-feira, 14 de outubro de 2015
Biblioteca de livros digitais e recursos pedagógicos
BIBLIOTECA DIGITAL
Livros digitais e recursos pedagógicos sobre o valor da democracia e da participação cívica dirigidos a crianças e jovens. Visam suscitar o conhecimento de realidades culturais diferentes, a interiorização de valores de tolerância e respeito mútuo, a compreensão intercultural e comportamentos relacionais positivos.
Organização CITI – Centro de Investigação para Tecnologias Interactivas da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade NOVA de Lisboa.
Vídeos educativos: TED-Ed Selects
TED-Ed Selects - vídeos educativos traduzidos em várias línguas, entre elas o português.
Áreas do conhecimento:
- Artes
- Engenharias, Design e Tecnologias
- Educação e Formação
- psicologia
- Ciências sociais
- Filosofia e Religião
- Saúde
- Literatura e Língua
- Matemática
- Negócios e Economia
- ..
terça-feira, 13 de outubro de 2015
O CARÁTER (comportamentos, atitudes, valores)
O DESAFIO DAS ESCOLAS PÚBLICAS:
"Caráter " (comportamentos, atitudes, valores) - para enfrentar
um mundo cada vez mais desafiador: Com o aumento das complexidades, a
humanidade está redescobrindo a importância de educar para o carácter, para os traços
relacionados ao desempenho (adaptabilidade, persistência, resiliência) para os traços
morais (integridade, justiça, empatia, ética). Os desafios
para as escolas públicas são semelhantes aos das competências, com
a complexidade adicional de aceitar que o desenvolvimento do carácter, também
está se tornando uma parte intrínseca da sua missão, tal como é para as escolas
privadas." in Oecd Education Today
segunda-feira, 12 de outubro de 2015
PORTAL Open Education Europa
Inovação e partilha de boas práticas educativas na Europa
Open Education Europa criado pela Comissão Europeia, tem como
objectivo impulsionar escolas e
universidades.
Manuais - violência doméstica
Manual para Docentes - Crianças e Jovens expostos à Violência Doméstica: Conhecer e qualificar as respostas na comunidade. É um produto da Câmara Municipal de Cascais e parceiros.
Manual para Educadores de Infância - Crianças Expostas à Violência Doméstica: Conhecer e qualificar as respostas na comunidade. É um produto da Câmara Municipal de Cascais. Aceder aqui ou aqui.(atualizado em 2015) ou https://www.cig.gov.pt
Os MANUAIS foram atualizados e estão http://cid.cig.gov.pt/Nyron/Library/Catalog/
sexta-feira, 9 de outubro de 2015
Plataforma digital sobre esquizofrenia
Uma plataforma digital que junta informação útil sobre esquizofrenia para quem convive diariamente com a doença, para os seus familiares e para todos aqueles que os rodeiam. Esta é uma ideia que a partir de hoje se torna possível, graças ao site esquizofrenia24x7. Totalmente escrito em português, este novo espaço foi criado a pensar em quem quer saber mais sobre a doença.
Portal Infoescolas: Estatísticas da Educação
O Ministério da Educação e Ciência lança hoje (7.10.2015) uma nova versão do Portal infoescolas, que agora inclui todas as escolas do Ensino Básico Geral – 2.º e 3.º ciclos. Esta versão da plataforma online vem complementar o trabalho realizado durante esta legislatura de uma maior disponibilização de estatísticas da Educação, do qual também fazem parte o Infocursos, referente ao Ensino Superior, e o Infoescolas do Ensino Secundário – Cursos Científico-Humanísticos. O trabalho foi desenvolvido pela Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC) em articulação com a Direção-Geral da Educação (DGE), com o objetivo de dar às escolas e à comunidade educativa o acesso a informação estatística relevante sobre a demografia dos alunos da escola e sobre o seu desempenho escolar.
O novo Portal reúne informação sobre todos os estabelecimentos de ensino de Portugal Continental, públicos e privados, e apresenta dados regionais organizados por distrito e concelho. Desta informação, destacam-se a distribuição dos alunos por ano curricular e idade; os indicadores da progressão dos resultados dos alunos entre as provas finais do 4.º ano e do 6.º ano, e entre as provas finais do 6.º e do 9.º ano; a taxa de retenção ou desistência em cada ano curricular; e os resultados comparativos com escolas em contextos semelhantes. Inclui-se também um indicador completamente novo, que permite analisar a percentagem de alunos de cada escola que frequentou o ciclo sem qualquer retenção e obteve classificação positiva nas provas finais. Para além da informação pública, as escolas terão acesso reservado a dados mais desagregados, de forma a poder aplicá-los à sua realidade.
O Infoescolas – 2.º e 3.º ciclos constitui mais uma das medidas promovidas pelo Governo para uma maior transparência, nomeadamente no que se refere à informação disponível quer para as escolas, através de uma ferramenta de apoio à gestão e consolidação da autonomia, quer para as famílias, alunos e comunidade envolvente, permitindo uma escolha mais informada e estimulando, ao mesmo tempo, uma participação mais ativa. Com mais e melhor informação, é possível identificar constrangimentos, refletir sobre práticas, planificar e implementar iniciativas e ações sustentadas para a promoção do sucesso escolar e o combate ao abandono.
"Pode aceder, também a um “indicador da progressão relativa dos alunos entre o 9.º ano e o 12.º ano”. Trata-se de comparar os resultados dos estudantes de cada escola nos exames de Português e de Matemática do 12.º ano, com as notas que os mesmos alunos haviam obtido, três anos antes, nos exames de 9.º ano destas disciplinas."Por exemplo: se um aluno no 9.º ano teve uma nota abaixo da média nacional e no 12.º estava acima da média, então teve “uma progressão relativa positiva”. (...) Trata-se, nas suas palavras, de saber se “a escola conseguiu puxar os alunos para cima” ou não, independentemente de se destacar mais ou menos em termos de médias nos exames nos rankings nacionais."( Fonte Publico)
Íris Oliveira: Promoção de competências decarreira na infância
Este webinar pretende clarificar a importância do desenvolvimento de carreira na infância e debater oportunidades e desafios para conduzir práticas promotoras desse processo. Após enquadrar e caracterizar o desenvolvimento de carreira na infância, apresentam-se alguns procedimentos e resultados preliminares de um projeto de investigação longitudinal conduzido com crianças Portuguesas. Apresentam-se instrumentos, ainda sob análise, que podem apoiar a avaliação de indicadores do desenvolvimento de carreira das crianças, bem como resultados preliminares ilustrativos de dinâmicas nesse processo. Com base na literatura e na investigação apresentada, debatem-se oportunidades e desafios para promover o desenvolvimento de carreira desde cedo, reconhecendo o papel primordial dos psicólogos em contexto escolar para o efeito.
quinta-feira, 8 de outubro de 2015
O PINECO: O JOGO EDUCATIVO MULTIPLATAFORMA!
O Pineco é um jogo educativo multiplataforma, gratuito, desenvolvido pelo Núcleo de Tecnologias Educativas, da Direção Regional de Educação (http://www02.madeira-edu.pt) - Região Autónoma da Madeira, no âmbito do projeto ProRED, que ajuda os mais novos a consolidar os conteúdos de diversas disciplinas, do 1.º CEB, de uma forma lúdica!
Desenvolvido a pensar nas necessidades dos alunos do 1.º CEB (3.º e 4.º anos), o Pineco conta com três jogos educativos: O Pineco Português, O Pineco Matemática e O Pineco Estudo do Meio, com três níveis de dificuldade distintos. O jogo educativo tem como objetivos estimular capacidades cognitivas das crianças, como a habilidade manual, capacidade de concentração, memória, leitura e capacidade verbal; e oferecer experiências mais enriquecedoras e, de acordo, com os tempos em que vivemos.
Pineco: http://prored.educatic.info/pineco/
ProRed : http://prored.educatic.info/
Manual "Learning to CARE"
Trabalha com cuidadores de crianças em risco? Já está disponível o novo manual "Learning to CARE"
No âmbito do projeto internacional "CARE: Cuidadores de Crianças em Risco - Educação e Capacitação" foi realizado um manual com sugestões de boas práticas na área da formação a cuidadores de crianças em risco: Learning to CARE. Poderá consultá-lo AQUI
Este manual conta com a participação de 4 entidades internacionais: APDES (Portugal), Associazione Thamaia Onlus(Itália), Institute of Child Health (Grécia) e Northorpe Hall Child & Family Trust (Reino Unido). O "Learning to CARE" apresenta um conjunto de seis recomendações baseadas nas opiniões recolhidas junto de cuidadores de crianças em risco e facilitadores.
terça-feira, 6 de outubro de 2015
Orientações Curriculares para o ensino do Mandarim
O Ministro da Educação e Ciência, Professor Nuno Crato,
homologou as Orientações Curriculares para o ensino do Mandarim, Língua
Estrangeira III, dos Cursos Científico-Humanísticos do ensino secundário.
As referidas
Orientações Curriculares são a referência para o desenvolvimento do ensino do
Mandarim, definindo os conhecimentos a adquirir e as capacidades a desenvolver
pelos alunos, bem como a sua progressão nos diferentes anos de escolaridade.
Constituem-se igualmente como o referencial para a avaliação dos alunos.
As Orientações Curriculares estão disponíveis em aqui. ou http://www.dge.mec.pt/ e aceder ao Despacho n.º 11347/2015 - Diário da República n.º 198/2015, Série II de 2015-10-09 Ministério da Educação e Ciência - Gabinete do Ministro
Homologa as Orientações Curriculares da disciplina de Mandarim como Língua Estrangeira III no currículo dos Cursos Científico-Humanísticos do ensino secundário a partir do ano letivo de 2015/2016.
segunda-feira, 5 de outubro de 2015
Disciplina sem Dramas
Artigo de Catarina Gomes que saiu no Jornal Publico de 2.10.15 como título E se o seu filho lhe bater ou disparar um dardo para o olho da irmã?:
"Na maior parte das vezes
disciplina-se os filhos “em piloto automático”. Mas com castigos e ameaças
muitas vezes apenas se está a “espicaçar o lagarto”, dizem os autores de Disciplina
sem Dramas, que explicam como a neurociência tem tudo que ver com birras.
O nosso filho de nove anos atinge à queima-roupa o olho da irmã de cinco anos com um dardo disparado por uma arma de brincar. Uma taça de cereais é atirada ao ar, salpicando a parede toda da cozinha. Um filho de quatro anos bate na mãe com a mão, a seguir pontapeia-lhe a canela. Depois de um desejo contrariado, o seu filho atira-se para o chão do supermercado a gritar.
O nosso filho de nove anos atinge à queima-roupa o olho da irmã de cinco anos com um dardo disparado por uma arma de brincar. Uma taça de cereais é atirada ao ar, salpicando a parede toda da cozinha. Um filho de quatro anos bate na mãe com a mão, a seguir pontapeia-lhe a canela. Depois de um desejo contrariado, o seu filho atira-se para o chão do supermercado a gritar.
Reacções
típicas de pais a cenas deste teor ou parecido: “Pára já com isso!"
“Acalma-te imediatamente." “Foste malcriado.” Há também o “vai para o
quarto pensar”, “ficas uma semana sem consola”, “vais para a cama mais cedo” ou
até “um par de palmadas”. Às vezes a cena é rematada com “o eterno ‘porque eu
mando’”. Em resumo, descrevem os autores, ameaças e castigos.
Cenas
deste tipo terminam muitas vezes também com adultos a berrar. Um drama,
portanto. Um cocktail destas reacções automáticas é o
que muitos pais entendem como “disciplina”, quando a origem da palavra nada tem
que ver com castigar mas sim com “ensinar, aprender, dar instrução”, dizem
os autores do livro Disciplina sem Dramas (editado pela Lua de Papel), que esta
semana chegou às livrarias.
Reconhece-se
nalguma das reacções típicas destes pais? O que os autores nos dizem é que se
os seus filhos fazem birras ou têm este tipo de "mau comportamento"
não é porque são inerentemente “maus”, ou “mal-educados”, ou porque quem os
educa são pais incompetentes, mas porque lhes é muito difícil agir de forma
diferente, por razões biológicas. O que Daniel J. Siegel, professor de
Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade da Califórnia, e Tina
Payne Bryson, psicoterapeuta de crianças e adolescentes, pretendem explicar no
seu livro é que a neurociência tem muito que ver com a educação dos
filhos.
Vejamos:
uma criança arremessa um brinquedo e atinge outra criança, o pai responde: “Em
que é que estavas a pensar quando fizeste isso?” Temos uma ideia de como
pensaria um adulto equilibrado: saberia, à partida, que não se atiram objectos
quando se está frustrado com alguém, porque o acto não resolve o problema e até
pode agravá-lo, pode até acabar por estragar o seu próprio brinquedo e ainda
pode magoar gravemente a outra pessoa, fazendo com que ela tenha de ser
hospitalizada em estado grave com um hematoma ou uma fractura, não falando em
perigos de sequelas a longo prazo.
O
exemplo não está no livro, mas a ideia é que o que passa pela cabeça de uma
criança quando atira um brinquedo porque está frustrada não tem nada que
ver com o raciocínio de um adulto. Melhor dizendo, tem pouco de raciocínio,
porque a parte do cérebro humano onde estão “as competências de pensamento que
permitem ao ser humano tomar decisões acertadas” não está desenvolvida, lê-se.
“Tudo
isto significa que, embora gostássemos que os nossos filhos se portassem sempre
bem, como se fossem adultos, com equilíbrio emocional e moral, a verdade é que
isso lhes é impossível enquanto são muito jovens. Pelo menos não lhes é sempre
possível”, escrevem os autores.
Estimular "o andar superior"
O que Daniel J. Siegel e Tina Payne Bryson explicam numa linguagem simples é
que educação tem tudo que ver com neurociência, ou seja, com a forma como
o cérebro humano funciona.
Os
autores norte-americanos comparam o cérebro de uma criança a uma casa em
construção. Existe “a parte inferior do cérebro, constituída pelo tronco
cerebral e pela região límbica” – frequentemente designadas como “cérebro
reptiliano” ou “primitivo” –, assim designada porque é responsável pelas
“operações neurais fundamentais: as emoções fortes, instintos como a protecção
dos filhos; e as funções básicas como respirar, regular os ciclos de sono e
vigília e a digestão". Este “andar inferior” é a parte responsável pela
atitude de uma criança que atira um brinquedo ou morde em alguém, quando não
consegue levar a sua avante. É “a fonte da nossa reactividade” e esta é uma
parte do cérebro que está bem desenvolvida por altura do nascimento.
Já
“a parte superior do cérebro, responsável por processos mais sofisticados e
complexos, encontra-se subdesenvolvida por altura do nascimento e começa a desenvolver-se
durante a infância”. E é nesta parte que estão “as competências de pensamento,
emocionais e relacionais, que permitem ao ser humano tomar decisões acertadas e
de planeamento, regular emoções e o corpo, a introspecção, a flexibilidade e a
adaptabilidade, a empatia e a moral”.
“Uma
criança de quatro anos bate no pai enquanto está à espera. É desejável? Não. É
própria nesta fase de desenvolvimento? Absolutamente.” Seria melhor que “ela se
acalmasse e declarasse com compostura: 'Mãe, estou a sentir-me frustrada por
estares a pedir-me para continuar à espera; e, neste momento, estou a sentir o
impulso fortíssimo e agressivo de te bater – mas optei por não o fazer e, em
vez disso, por me manifestar com palavras'”, ironizam.
Quando
é que o processo termina? “Lamentamos informar que a parte superior do cérebro
só fica totalmente desenvolvida por volta dos 25 anos.”
Okay, então as crianças ainda
não são muito boas a fazer escolhas acertadas. Solução? Aceitar passivamente
que o seu filho se atire para o chão? Que chame nomes e arremesse brinquedos?
Não,
respondem o psiquiatra e a psicoterapeuta. A ideia é mudar de estratégia,
porque a tradicional, aquela que é familiar e automática para a maioria dos
pais, é contraproducente.
“Se
perante uma birra monstruosa no supermercado se inclina sobre a criança, de
dedo em riste e lhe diz, entre dentes cerrados, ‘Acalma-te imediatamente’, está
‘a espicaçar o lagarto’, desencadeando uma reacção na parte inferior do
cérebro.” Isto, porque a criança assimila na linguagem corporal e nas palavras
da mãe uma ameaça que acciona, em termos biológicos, “o circuito neural que lhe
permite sobreviver a uma ameaça”. A saber: entra em modo de luta ou de fuga.
O
psiquiatra e a psicoterapeuta explicam que não podemos estar, ao mesmo tempo,
num estado reactivo e receptivo, e que, se a mãe quer apelar à parte do cérebro
superior, talvez esta não seja a atitude mais correcta. Mais ainda, “os
castigos e os sermões são ineficazes, quando a criança está perturbada e
incapaz de ouvir os ensinamentos que lhes estiver a transmitir”.
A
boa notícia é que se é verdade que o cérebro da criança está em construção e o
do adolescente em “auto-reformulação”, os pais podem ajudá-los a estimular cada
vez mais “a competência interna de acalmar a tormenta e reflectir sobre o que
está a passar-se no interior”.
Estratégia
possível perante a birra: descer ao nível dos olhos das crianças, “tentar fazer
ligação com ela”, perguntando-lhe algo como: “Porque é estás assim?”
Mas,
atenção, dizem os autores, “fazer ligação não é o mesmo que
permissividade". "É tentar que a criança consiga ficar de novo
receptiva a ouvi-lo. E, no processo, fazer com que ela se sinta compreendida
nas suas emoções.” E, durante o processo, pode acabar por perceber o porquê do
seu comportamento: “Eu sei que é difícil esperar. Queres muito que vá brincar
contigo e estás zangado porque eu estou no computador, não é verdade?” “Sim.” É
um dos diálogos do livro.
Isso é tudo muito bonito, mas...
O facto de o cérebro estar em mudança não é motivo para ignorar os maus
comportamentos; é, aliás, mais uma razão para que os pais imponham limites
definidos, defendem. “Porque não têm barreiras internas precisamos de as impor
externamente. As crianças precisam de ajuda a compreender o que é permissível e
o que não é.”
Depois
de conseguir acalmar a tempestade, é tempo de passar a mensagem moral, de
explicar o que é correcto e não correcto, o que os autores chamam
“redireccionar”. Explicar-lhe que em vez de bater há alternativas, como dizer
porque está zangado.
O
que os autores preconizam é que estes momentos de crise são oportunidade para
estimular “uma bússola moral”, para que, "mesmo quando não esteja presente
um adulto, as crianças aprendam a ser ponderadas, saibam gerir as suas reacções
à frustração e aprendam a capacidade de se colocarem no lugar do outro".
Daniel J. Siegel e Tina Payne Bryson defendem que é possível ensinar a
desenvolver a empatia, introspecção e da compaixão, base da inteligência
emocional e social.
Mas
para isso, quando se disciplina, os pais têm de trabalhar para compreender os
pontos de vista dos filhos, o seu estádio de desenvolvimento e aquilo que eles
são capazes de fazer. Muitos dos castigos são injustos, porque se baseiam em
expectativas irrealistas sobre a forma como os filhos são capazes de reagir,
notam.
Isso
é tudo muito bonito, mas… “Eu trabalho! Tenho outros filhos! E o jantar para
preparar! E aulas de piano, ballet, treinos de futebol e
centenas de outras coisas para fazer.” São respostas que estes profissionais de
saúde mental ouviram muitas vezes. Dizem-lhes que o seu método é “um luxo” para
pessoas com tempo.
“Percebemos
tudo isso, pois ambos trabalhamos, os nossos cônjuges trabalham e somos ambos
pais empenhados.” Nem sempre se consegue, admitem, e até “um perito em parentalidade
perde a cabeça”, confessam.
Tina
Payne Bryson, mãe de três filhos e directora de relações parentais no Mindsight
Institute, conta aquela vez em que o filho de três anos lhe bateu e ela
respondeu como deve ser, de forma afectuosa e compreensiva: “As mãos são para
ajudar e amar, não para magoar.” “Ele bateu-me outra vez.” De uma forma talvez
um pouco terna disse: “Au! Isso magoa a mamã.” À terceira agressão: “Nós não
batemos. Se estás zangado, precisas de utilizar as tuas palavras.” E ele
bateu-lhe outra vez. Aí a especialista em desenvolvimento infantil na Saint
Mark’s School mandou-o de castigo para o quarto e ele deu-lhe um pontapé na
canela. “E foi então que me mostrou a língua.”
“Em
resposta, a parte superior do meu cérebro, racional, empática, responsável,
capaz de resolver problemas, foi sequestrada pela parte inferior do meu
cérebro, primitiva e reactiva e eu gritei: “Se puseres a língua de fora mais
uma vez, eu vou arrancá-la da tua boca.”
“Este
não foi um bom momento parental.” “O meu filho atirou-se para o chão a chorar.
Eu tinha-o assustado e ele só dizia: “És uma mamã má!” Pausa.
“Ajoelhei-me,
segurei-o perto de mim e disse que estava arrependida. Deixei-o falar sobre o
quanto ele não tinha gostado do que se tinha acabado de passar. Voltámos a
contar a história do que se passou para ele tirar sentido da situação e
reconfortei-o.” “Acontece à maior parte de nós.” Para disciplinar "sem
dramas" é preciso treinar.
Alguns conselhos para evitar “erros de disciplina que até os
melhores pais cometem”
Não disciplinar “em piloto automático”
Quando se disciplina “em piloto automático”, concentramo-nos tanto nos castigos
que estes se tornam o objectivo final. O objectivo da disciplina não é uma
consequência ou um castigo. “É ensinarmos os nossos filhos a viver bem no
mundo.”
Ir aos porquê
Qualquer médico sabe que “um sintoma é apenas um sinal de que uma outra coisa
precisa de ser tratada", dizem os autores. O comportamento irá repetir-se,
“se não estabelecermos uma ligação com os sentimentos dos nossos filhos e com
as experiências subjectivas que levaram a esse comportamento”. “Concentramo-nos
demasiado no comportamento e não o suficiente no porquê por detrás do
comportamento”, escrevem.
Disciplina com afecto
Estes dois aspectos da parentalidade podem e devem coexistir. “É possível
combinar limites claros e consistentes com uma empatia terna.” Não subestime o
poder de um tom de voz gentil, aconselham.
Falar demasiado
Muitas vezes, quando as crianças estão reactivas e têm dificuldades em ouvir,
precisamos apenas de estar calados. Quando falamos e falamos, estamos a
dar-lhes “imensos estímulos sensoriais que podem desregulá-los ainda mais”. Em
vez disso, utilizar mais a comunicação não verbal: “Abrace-os, sorria.”
Não disciplinar para a audiência
“A maior parte de nós preocupa-se com o que as outras pessoas pensam,
especialmente no que toca à forma como educamos os nossos filhos. Chame o seu
filho à parte e fale sossegadamente com ele.”
Não presumir o pior
“Não me importa. Não quero ouvir. Não há razão, nem desculpa.” “Antes de
condenar uma criança pelo que parece óbvio, descubra o que ela tem para dizer.
Então, pode decidir a melhor forma de responder.”
Não disciplinar em resposta a hábitos
“Por vezes atacamos o nosso filho porque estamos cansados, ou porque foi isso
que os nossos pais fizeram connosco. É necessário reflectir sobre o nosso
comportamento e responder apenas ao que está a ter lugar naquele instante.”
Peritos e instintos
Os autores põem na categoria de “peritos” tanto autores como eles, como amigos
e familiares com opiniões sobre como devemos educar os nossos filhos. “É
importante que evitemos disciplinar os nossos filhos com base no que as outras
pessoas pensam.” “Encha a sua caixa de ferramentas disciplinar com informação
de muitos peritos (e não peritos), depois ouça os seus próprios instintos,
quando for para seleccionar a melhor abordagem à sua família e ao seu filho.”
sábado, 3 de outubro de 2015
José Morgado - propostas e planos dos diversos partidos para a educação
O Professor do ISPA José Morgado na Sic Notícias acerca das diferentes propostas e planos dos diversos partidos para a educação
Steven Pinker – O lado forte e o fraco da memória
Steven Pinker, psicólogo e teórico evolucionista canadense, explica que a maior parte de nossas memórias não é codificada em linguagem. Lembramos o conteúdo ou o significado ou a essência do que lemos, mas não o palavrear exato. Conferencista do Fronteiras do Pensamento 2009.
Plataforma online com informação sobre cuidados paliativos pediátricos
Uma plataforma online com informação sobre cuidados paliativos pediátricos é apresentada hoje (foi apresentada ontem) em Lisboa para ajudar pais, cuidadores e profissionais de saúde a garantir que as crianças tenham acesso aos «melhores cuidados possíveis», onde e quando for necessário.
A plataforma, que faz parte do projeto «Vamos Cuidar», criado pela associação 'aTTitude', é apresentada nas 'Primeiras Jornadas de Cuidados Paliativos Pediátricos -- Mitos e Realidades' e está disponível a partir de hoje em www.cuidamosjuntos.org.pt.
«Decidimos criar uma plataforma online que servisse de apoio aos cuidadores e aos profissionais de saúde, disponibilizando informação útil, com conteúdos relevantes e acessíveis a todos», explicou à agência Lusa a presidente da associação, Bibi Sattar.
Diário Digital / Lusa
sexta-feira, 2 de outubro de 2015
LIVRO: Tecnologias de apoio para pessoas com deficiência
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