EKUI Cards é um baralho de cartas que
ensina o alfabeto a crianças com e sem necessidades especiais, criando assim um
mundo onde a inclusão social é uma realidade
O alfabeto
fonético, o convencional, a lingua gestual e o braille. E se todos
conseguíssemos comunicar através destes códigos? É esse o objectivo das cartas EKUI um projecto
desenvolvido pela Associação Leque e criado por Celmira Macedo que idealizou um
material didáctico com uma estratégia de alfabetização inclusiva, onde todas as
pessoas podem comunicar de forma universal e que ensina as crianças a comunicar
com todos, independentemente da sua limitação física ou cognitiva.
Estes cartões, explica
Celmira Macedo, "podem ser dinamizados em contexto escolar, o que traz
vantagens ao nível da aprendizagem das crianças no seu primeiro contacto com o
alfabeto". "Ajuda-as a memorizarem mais rápido as letras do alfabeto
português, a clarificar e a evitar as confusões gráficas comuns. É também uma
ferramenta intuitiva para os professores e melhora a aquisição de competências
de crianças com necessidades especiais."
Para além da componente
didáctica, as cartas EKUI têm também uma forte componente lúdica, como por
exemplo o dominó, no qual todos podem jogar independentemente das limitações ou
incapacidades que tenham.
O baralho de cartas é
produzido e embalado em Portugal. Esta linha de produção, chamada Oficina da Produtividade,
foi concebida para incluir pessoas com necessidades especiais no mercado de
trabalho. A poupança nos custos de produção e os lucros revertem a favor dos
utentes da associação – quem trabalha a embalar as cartas não paga, por
exemplo, as aulas de terapia da fala.
Até ao momento as cartas
EKUI estão disponíveis em duas salas do pré-escolar em Alfândega da Fé e Vila
Nova de Famalicão e em 32 escolas de Vila NOva de Gaia. Este produto não só
está apenas desenhado para crianças como também para adultos em processo de
reabilitação que, por exemplo , tenham sofrido um AVC.
Cada unidade custa 13,99
euros e pode ser adquirida online
Com o apoio da Fundação
EDP, da Montepio, da Missão Sorriso e do municípios de Alfandega da Fé, as
cartas EKUI querem chegar a escolas de todo país e tornar a inclusão social uma
realidade e não uma ideia utópica.
Fonte: P3 Jornal Publico 8.3.16