EU E AS TENOLOGIAS DO SECULO XXI
Quando ouço falarem do mais recente computador ou dos mais modernos telemóveis que acabaram de sair (“seres” mais complexos que os computadores utilizados há cinquenta anos para ir à Lua) fico completamente desorientada. Admito, sou um poço de ignorância no que toca a esta matéria e só com uma corda bem longa e um golpe de sorte é que conseguiram chegar às profundezas da minha inteligência e trazer algum tipo de informação que vos mate a sede, porque, como disse, o meu poço está praticamente seco nesta área.
Por vezes sinto que vim ao mundo uns séculos atrasada … Se tivesse nascido há uns tempos atrás a Terra seria um lugar bem melhor, pois não seria obrigada a assistir às minhas lutas diárias na tentativa de conviver pacificamente com esses “seres”. Imagino-me em pleno século XVIII a viver tranquilamente. Uma vida perfeita, livre do stress adquirido quando exposta aos “seres informáticos”, uma vida sem telemóveis a implorar-me que os alimente, computadores com constantes promessas de nunca mais virem a trabalhar ou ainda a felicidade de nunca me cruzar com uma daquelas impressoras que, quando contrariadas, demonstram-se como sendo implacáveis adversários na luta de uma folha amachucada. Já para não falar nos benefícios directos aplicados à minha vida social, pois não teria que fingir ser a intelectual tecnológica que não sou, fazendo sinais afirmativos com a cabeça ou laçando um “Hummm” no monólogo daqueles que ousam perguntar-me diariamente sobre questões que se encontram muito além da minha competência informática actual. Mas, visto a NASA andar mais interessada em desenvolver tecnologias centradas em viagens de longas distâncias e não no tempo, o meu desejo de viver no século XVIII morre aqui. Num desejo. Trazendo-me de volta à realidade do século XXI, em que, apesar das minhas óbvias dificuldades de camaradagem com a informática e seus relativos tecnológicos, ainda consigo desfrutar de alguns dos prazeres oferecidos pelos tais…
Ano lectivo 2009/10
Ano /Turma: 10º 1, Nº 19
Disciplina: Português
Professor: Luís Camacho