terça-feira, 30 de agosto de 2011

Biblioteca Digital - IEFP

O Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) procedeu à digitalização e disponibilização, em texto integral, da Colecção Formar Pedagogicamente.

Esta colecção é um suporte técnico-pedagógico de apoio à formação inicial e contínua de formadores, através da abordagem de temáticas que privilegiam os domínios do comportamento e da didáctica, e encontra-se na Biblioteca Digital do IEFP.

Aceder à BDigital.

domingo, 28 de agosto de 2011

Guião para a promoção do empreendedorismo



O Ministério da Educação através da DGIDC editou o documento: Promoção do Empreendedorismo na Escola – Guião para Escolas do Ensino Básico e Secundário

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

terça-feira, 23 de agosto de 2011

A importância de dormir




Com:
 Helena Rebelo Pinto- Psicóloga
Teresa Paiva - Neurologista

Paula Torres de Carvalho jornalista do Jornal Publico realizou uma entrevista a estas investigadoras, com o título: Crianças e adolescentes portugueses só dormem metade do que precisam, a qual foi publicada neste jornal a 14 de Agosto de 2011. Com base em inquéritos realizados em várias escolas portuguesas taxas de sonolência excessiva em mais de 50 por cento dos estudantes, o que contribui para várias doenças e para o insucesso escolar.

Aqui está um pequeno enxerto dessa entrevista:

Teresa Paiva. "As crianças que dormem menos do que precisam têm um risco aumentado de hipertensão arterial, de diabetes, de insucesso escolar, de depressão e de insónia", explica, chamando a atenção para a gravidade da situação, já que se trata de "doenças crónicas que são problemas para toda a vida".
Dormir menos do que se precisa "afecta ainda a aquisição de conhecimentos abstractos" e traduz-se no insucesso escolar e nas dificuldades em relação à aprendizagem da Matemática, o que já se tornou num "problema nacional".
Mesmo que os jovens que trocam o dia pela noite acabem por dormir o mesmo número de horas, esse sono "não tem qualidade", afirma a médica. "Dormem fora da fase do sono, portanto o sono nunca tem tanta qualidade e sabe-se que, para além da depressão e da obesidade, o dormir assim tem um risco aumentado de cancro".
Está provado como a luz "tem importância para a saúde", nota Teresa Paiva. E, explicando o benefício de dormir de noite, lembra que "as primeiras células que existiram aprenderam a multiplicar-se de noite e não de dia" e que "são as hormonas [muitas das quais são produzidas exclusivamente quando estamos a dormir] que facilitam a divisão celular". Também é de noite que "há mais interacções entre os neurónios nas várias fases do sono". "Não somos nem ratos nem morcegos, não somos feitos para andar a dormir de dia", nota a neurologista, referindo que "temos relógios no organismo" e que "tudo se passa de forma muito padronizada, tanto durante a noite, como durante o dia relativamente aos horários alimentares e às produções hormonais".
O grande problema é que muitos adolescentes com estes hábitos recusam mudar. "Quando lhes fazemos uma proposta diferente, não querem, porque todo o seu esquema de relações sociais está montado para a noite e de outra forma perdem o círculo social que conhecem", explica aquela médica.
Verifica-se sempre uma grande resistência à alteração de hábitos. "Quando dizemos que uma criança de dez anos deve dormir dez horas e que os mais novos devem dormir muito mais, muitos pais deitam as mãos à cabeça", conta Helena Rebelo Pinto, defendendo que os hábitos de sono fazem parte de "uma aprendizagem que vem desde a mais tenra idade". A experiência mostra "como os pais sofrem, quando as crianças dormem mal e quantas práticas erradas têm para tentar que as crianças durmam bem", diz. Refere a importância de que "os pais tenham informações sobre o que se passa com o sono dos filhos", o que frequentemente não se verifica: "Muitos pais acham que as crianças têm de dormir o mesmo tempo do que eles e ir para a cama ao mesmo tempo que eles."
Na sua opinião, há na sociedade portuguesa "uma cultura de desvalorização do sono e um desconhecimento e conjunto de ideias erradas acerca do sono".
Atentas ao surgimento precoce de problemas do sono, Teresa Paiva e Helena Rebelo Pinto lançaram no último ano lectivo o projecto Sono-Escolas, que envolveu mais de cem estabelecimentos escolares em todo o país.
No âmbito deste projecto, a neurologista e a professora de Psicologia já escreveram três livros sobre o sono destinados a crianças de várias faixas etárias: Dormir É Bom, Dormir Faz Bem, para crianças dos três aos cinco anos; O Meu Amigo, o Sono, para crianças dos oito aos 12 anos e Os Mistérios do Sono para adolescentes dos 13 aos 18 anos.



segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Empatia devia fazer parte dos currículos escolares


Simon Baron-Cohen é um dos grandes especialistas mundiais em autismo. É entrevistado por Joana Gorjão Henriques do Jornal Publico, cuja entrevista com o título, "Confrontar a vítima e matá-la implica desligar a empatia", se encontra publicada na edição de 21 de Agosto de 2011.

É professor de Developmental Psychopathology na Universidade de Cambridge e director do Autism Research Centre e da clínica CLASS (Cambridge Lifespan Asperger Syndrome Service) na mesma universidade. Escreveu vários livros, entre eles Mindblindness e The Essential Difference: Men, Women and the Extreme Male Brain, onde aborda a polémica questão de diferenças biológicas entre homens e mulhere.

Aqui está a sua resposta a uma das questões colocadas:

Sugere que aprender a empatia devia fazer parte dos currículos escolares. Como é que se ensina?
Muitas pessoas já o ensinam, embora não lhe chamem isso - ensinam a ter capacidades sociais, ou de cidadania, para garantir responsabilidade social. Os métodos usados são diferentes: às vezes são muito explícitos e ensinam a reconhecer expressões faciais, outros usam teatro... Há diferentes métodos que podem ser usados para ensinar ou estimular a empatia. Aprender a ouvir os pontos de vista dos outros, ter em conta as diferentes perspectivas é uma ferramenta muito importante de negociação e compromisso.

A entrevista na íntegra, encontra-se no meu outro blogue:




segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Apostar nesse filho

Edward Hopper


“ Não se pode gostar do filho, tem de apostar nesse filho. Não chega a empatia para o descobrir; precisa de responder, dar resposta complementar à necessidade do sujeito dependente e imaturo.”
Coimbra de Matos (psicanalista) Vária- Existo porque fui amado. Climepsi editores

Amar um filho, envolve sobretudo ser capaz de dar sem contar com o receber.
Resiliência tem que ver com a capacidade de um indivíduo em ultrapassar os traumatismos e construir-se apesar das feridas.
Está naturalmente relacionada com o amor por um filho, porque os pais podem ajudar as crianças a lidarem de um modo bem sucedido com as situações mais diversas, até as adversidades, tais como problemas familiares, doenças, ou com os pequenos e grandes problemas do dia a dia.

Aqui ficam algumas maneiras de promover resiliência nas crianças, adolescentes e jovens:

Pense positivo: os filhos precisam de ouvir os pais a pensar em voz alta de modo positivo, e a manifestarem determinação em lidar com as tarefas. Deste modo, ensina-se um sentimento de poder e promessa.
Perante um pedido dífícil, a ultima decisão é sua, e não precisa de explicar demasiado as razões porque lhe disse que "não".

Expresse amor e gratidão: não coloque o seu filho em situação de ter que adivinhar através dos seus sinais ambíguos, se o ama ou não. Os elogios devem ocorrer mais do que as críticas.
Crianças e adolescentes que são amados e apoiados, aprendem as expressar as emoções positivas e negativas. Facilite a expressão de todas as emoções, até mesmo as negativas. Ela tem direito a elas. E, ao expressá-las, dá ao seu filho a confiança que o "lado negro", que todos temos, é aceite, sem que isso destrua o vínculo que o une aos pais. Os pais que ajudam os filhos a se tornarem conscientes das emoções, de um modo apropriado (ex: verbalizando a tristeza se repara que a criança está triste, a alegria, se está alegre…), ajudam-nas a lidar com os eventos da vida, dando-lhes competência.

Viva de modo saudável: dê à criança uma vida saudável, com rotinas, hábitos alimentares saudáveis, sono adequado, exercício físico, actividades nas quais elas se possam expressar (mesmo que você fique… horas à espera que a actividade termine). O exercício regular, em conjunto com a atenção que dispensa à criança, e com o seu estímulo, em tudo em que ela se envolve de positivo, diminui as emoções negativas de ansiedade, raiva e depressão.

Competência académica: assegure-se que crianças e adolescentes alcançam competência académica. Mas não seja demasiado exigente. E, se o for, questione-se sobre os seus motivos, ou qual a personagem mais importante nessa cena, você e os seus interesses, ou o seu filho – basta olhar para o seu interior sem medo do que possa encontrar.

Expressões: dê importância à necessidade do seu filho se exprimir através de actividades musicais, artísticas, desportivas, ou outras, mas não exagere no tempo dispensado para elas.

Amigos: ter amigos e ficar ligado aos amigos e entes queridos, pode aumentar a resiliência.

Por último, com o seu filho evite ironia, sarcasmo, paradoxos. Use e abuse da serenidade e de uma palavra de conforto.

Visite o site: http://www.nasponline.org/

Adaptado de: