Edward Hopper
“ Não se pode gostar do filho, tem de apostar nesse filho. Não chega a empatia para o descobrir; precisa de responder, dar resposta complementar à necessidade do sujeito dependente e imaturo.”
Coimbra de Matos (psicanalista) Vária- Existo porque fui amado. Climepsi editores
Amar um filho, envolve sobretudo ser capaz de dar sem contar com o receber.
Resiliência tem que ver com a capacidade de um indivíduo em ultrapassar os traumatismos e construir-se apesar das feridas.
Está naturalmente relacionada com o amor por um filho, porque os pais podem ajudar as crianças a lidarem de um modo bem sucedido com as situações mais diversas, até as adversidades, tais como problemas familiares, doenças, ou com os pequenos e grandes problemas do dia a dia.
Aqui ficam algumas maneiras de promover resiliência nas crianças, adolescentes e jovens:
Pense positivo: os filhos precisam de ouvir os pais a pensar em voz alta de modo positivo, e a manifestarem determinação em lidar com as tarefas. Deste modo, ensina-se um sentimento de poder e promessa.
Perante um pedido dífícil, a ultima decisão é sua, e não precisa de explicar demasiado as razões porque lhe disse que "não".
Expresse amor e gratidão: não coloque o seu filho em situação de ter que adivinhar através dos seus sinais ambíguos, se o ama ou não. Os elogios devem ocorrer mais do que as críticas.
Crianças e adolescentes que são amados e apoiados, aprendem as expressar as emoções positivas e negativas. Facilite a expressão de todas as emoções, até mesmo as negativas. Ela tem direito a elas. E, ao expressá-las, dá ao seu filho a confiança que o "lado negro", que todos temos, é aceite, sem que isso destrua o vínculo que o une aos pais. Os pais que ajudam os filhos a se tornarem conscientes das emoções, de um modo apropriado (ex: verbalizando a tristeza se repara que a criança está triste, a alegria, se está alegre…), ajudam-nas a lidar com os eventos da vida, dando-lhes competência.
Viva de modo saudável: dê à criança uma vida saudável, com rotinas, hábitos alimentares saudáveis, sono adequado, exercício físico, actividades nas quais elas se possam expressar (mesmo que você fique… horas à espera que a actividade termine). O exercício regular, em conjunto com a atenção que dispensa à criança, e com o seu estímulo, em tudo em que ela se envolve de positivo, diminui as emoções negativas de ansiedade, raiva e depressão.
Competência académica: assegure-se que crianças e adolescentes alcançam competência académica. Mas não seja demasiado exigente. E, se o for, questione-se sobre os seus motivos, ou qual a personagem mais importante nessa cena, você e os seus interesses, ou o seu filho – basta olhar para o seu interior sem medo do que possa encontrar.
Expressões: dê importância à necessidade do seu filho se exprimir através de actividades musicais, artísticas, desportivas, ou outras, mas não exagere no tempo dispensado para elas.
Amigos: ter amigos e ficar ligado aos amigos e entes queridos, pode aumentar a resiliência.
Por último, com o seu filho evite ironia, sarcasmo, paradoxos. Use e abuse da serenidade e de uma palavra de conforto.
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