Helena Marujo
Bárbara Wong jornalista do Público assina hoje neste mesmo jornal, um artigo com o título - Regresso às aulas: Como relacionar-se com os professores? – em que entrevista pessoas do meio científico e outras com responsabilidades educativas.
A psicóloga Helena Marujo, docente universitária e especialista em Psicologia do Optimismo é uma das entrevistadas e aqui está um resumo das suas respostas:
A psicóloga Helena Marujo, docente universitária e especialista em Psicologia do Optimismo é uma das entrevistadas e aqui está um resumo das suas respostas:
1. Enquanto encarregado de educação o que devo esperar da escola?
É preciso que os pais antecipem com os filhos o "lado entusiasmante de aprender, de aprender em conjunto e em relação, o trabalho e dedicação, ou esforço que implica, mas também o prazer do acto em si", diz Helena Marujo.
Ajuda conhecer o local, os caminhos, os espaços, os livros e materiais que se vão usar, resume Helena Marujo. Por esta altura, as compras para o regresso às aulas já estão todas feitas, mas a especialista, ligada à Psicologia do Optimismo, lembra que "estrear coisa novas é das memórias mais agradáveis que todos nós guardámos da preparação de um ano escolar. Motiva a querer usar, num processo novo e estimulante".
2. Como tirar partido da primeira reunião na escola, em que vou conhecer os professores do meu filho? O que devo fazer se penso que os professores não estão à altura?
Ouvir todas as informações, apresentar todas as dúvidas e "ir à espera do melhor", ou seja, "ir como colaborante e parceiro e não como competidor", recomenda Helena Marujo. "A escola e a família devem caminhar juntas, sobretudo para potenciar e optimizar o lado mais forte de cada aluno, ajudá-lo a chegar ao seu melhor, em vez de servir para limar ou tratar limitações", acrescenta.
3. Sobre o que é que devo falar com os professores relativamente aos meus filhos?
No entanto, Helena Marujo aconselha a "não avançar com descrições do filho em termos de problemas" e explica: "As expectativas de um professor sobre um aluno que não conhece fazem-se na base, muitas vezes enviesada, daquilo que um pai ou uma mãe dizem da criança, e se as histórias que os pais contam são sobre as limitações e dificuldades, então o professor ficará mais predisposto a ver problemas no aluno." Por essa razão, a psicóloga aconselha a que os pais falem do que os filhos têm de especial, os seus "talentos, forças pessoais e competências". "Têm tempo para falar de eventuais dificuldades, se vierem a surgir de futuro", diz. E ilustra que o primeiro contacto dos professores com os alunos deve ser como no início de uma relação de amor, em que "só vemos as qualidades, o que nos dá força para aceitar, mais tarde, os eventuais pontos menos fortes"
4.Devo ou não ajudar nos TPC?
…"se a experiência de ajuda for positiva, se for um momento bom para pais e filhos, se todos os envolvidos gostarem e ansiarem pelo momento do final do dia ou do fim-de-semana em que estudam em conjunto, sim". Mas se for um momento que "estraga" a relação entre pais e filhos, então é melhor não.
"Um filho é muito mais do que um aluno, e se só se fala de "já fizeste os trabalhos?", "quando é que tens teste?", "não andas a estudar nada...", então a vida fica tão reduzida, tão limitada, a relação tão pobre que esquece tudo o resto e se esvazia. A escola é apenas uma parte da vida"
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