Parte da entrevista de Mariana Dias a Carlos Souza, que está
no Publico de hoje:
"Uma plataforma de ensino via Internet está a conquistar os
portugueses. Num ano de existência, o site
brasileiro Veduca teve 1,5 milhões de
visitantes e 40% dos acessos diários vêm já de Portugal.
Carlos Souza, um engenheiro aeronáutico brasileiro de 32 anos,
é o criador desta plataforma.
(…)
Como funciona a
plataforma?
O nosso propósito é
democratizar a educação de alta qualidade em todos os países de língua portuguesa
e, mais que isso, em todos os países emergentes, que são aqueles que mais
precisam. O que pode ser feito
através de vídeo-aulas das melhores universidades do mundo, traduzidas e dadas
de graça e com possibilidade de certificação académica. Estas aulas são organizadas
por universidade e por tema.
O que é que o Veduca
oferece de novo?
Desenvolvemos uma
ferramenta a que chamamos “busca na fala”. Permite a procura no site não
só através do nome das aulas como também do que foi dado nestas pelo professor.
Temos uma outra tecnologia que se chama content sense, que permite
relacionar automaticamente notícias de jornais, por exemplo, com vídeoaulas que
explicam os temas abordados.
Em Maio vão lançar
uma versão optimizada do site. Quais vão ser as diferenças?
Teremos um bloco de
notas virtual que permite que o estudante faça anotações enquanto assiste à
vídeo-aula, que ficam automaticamente guardadas. Estamos ainda a criar uma
ferramenta de chat que permite que todas as pessoas que estejam a
assistir à mesma vídeo-aula possam conversar entre si. A terceira novidade é a introdução
de testes e perguntas. Quando termina um tema, a aula pára e é apresentada uma série
de perguntas para testar o conhecimento do aluno. Isto é fundamental para
concretizar o nosso grande objectivo para 2013, que é o de começar a emitir
certificações.
E de que é que
dependem esses certificados?
Dos testes feitos no site
e, no final do curso, se o estudante passar em todos, de uma prova final
presencial na universidade que disponibilizou as aulas, para garantir que a pessoa
que assistiu ao curso é a mesma a quem damos o certificado.
E se o curso for de
uma universidade estrangeira?
As universidades
estrangeiras já têm os seus próprios sistemas de certificação. Para que seja
válido no Brasil, a universidade tem de ter uma instituição parceira cá e é aí que
se fará esta prova.
As universidades
parceiras exigem-vos algum pagamento?
É inteiramente
grátis. Fazemos a divulgação de graça e, para eles, também não faz sentido
exigir um pagamento, porque a tendência crescente é a de que os conteúdos sejam
gratuitos.
E o utilizador, tem
de pagar alguma coisa?
Como o nosso objectivo é o de melhorar a educação, então
o conteúdo disponibilizado vai ser sempre grátis. Mas se o utilizador quiser um
certificado terá de pagar. Porque, nesse caso, ele tem não só o certificado mas
tutores e uma série de serviços a mais para o ajudar a preparar-se para o
exame.
Qual vai ser o preço
dessa certificação?
Ainda estamos a
negociar o preço. Vai ser certamente mais barato do que o ensino presencial —
diria que fi cará em menos 50% a 80% do preço. Temos um custo menor de produção
destes conteúdos, logo, vamos cobrar um preço menor do que o praticado."
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