RÓTULOS
Acredito, aliás tenho a certeza, que todos nós temos o péssimo hábito de olhar para alguém que passa por nós e classificá-lo de algum modo, mesmo que não o manifestemos. Instintivamente inserimos esse determinado alguém numa determinada categoria atendendo a uma determinada ideia pré – concebida que criamos, meramente baseada numa determinada forma de vestir e num determinado comportamento.
Não é que o façamos de propósito, é natural. Por mais que neguemos, a primeira impressão vale muito, e isto é a prova disto.
Achamos retardados os que têm raciocínio mais lento que o nosso, inúteis ou deficientes físicos, inconvenientes quem diz as verdades quando não dá jeito. Dividimos assim, a sociedade em que vivemos em grupos: marrões, negros, ciganos, aldrabões, criminosos, bêbados, drogados, inúteis, ricos, pobres, homossexuais, mendigos, supérfluos, entre muitos outros, que seriam impossíveis de enumerar.
Preconceitos e estereótipos estão associados aos rótulos que atribuímos. Mas, quando o fazemos, esquecemo-nos que o “rotulado” é uma pessoa, tal como nós, com sentimentos e emoções, e que o podemos ferir com este hábito fútil de marcar as pessoas como um mero artigo de supermercado.
É verdade que o exterior diz muito acerca do que somos, mas há coisas que só podemos ser de verdade com o tempo. As palavras não dizem o que somos.
Mas serão então os rótulos assim tão maus? Sim, não, talvez. O rótulo, apesar das controvérsias, é uma forma de defesa. Caberá então a cada um de nós pesar ambos os lados e decidir em plena consciência o melhor a fazer.
Daniela Silva
Ano/Turma: 10º 1
Amo Lectivo 2009/10
Amo Lectivo 2009/10
Disciplina: Português
Professor: Luís Camacho
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