segunda-feira, 18 de julho de 2011

Nazilla Khanlou - A resiliência dos mais novos

“Há muitas formas de todos nos juntarmos e promovermos a resiliência dos mais novos.” Nazilla Khanlou

Nazilla Khanlou, da Universidade de York, no Canadá, partilhou a sua vasta experiencia nesta área, que se debruça sobre a capacidade de cada um se superar e construir positivamente face às adversidades.

Esta investigadora foi convidada da III Conferência Internacional “Pensar e Agir”, um dos eventos que marca o 10º Aniversário do Programa Escolhas, no âmbito da qual apresentou uma comunicação e deu esta entrevista:

Uma intervenção combinada em várias frentes, que fortaleça cada vez mais a capacidade das crianças e jovens mais desfavorecidos resistirem à adversidade é uma opção eficaz, provada pelos investigadores, em que o Escolhas aposta já nos mais de 100 projectos de inclusão social que viabiliza em todo o país.

Programa Escolhas: Como é que nós podemos melhorar a resiliência nas comunidades?

Nazilla Khanlou: É de referir que a resiliência é um conceito muito interessante da qual se fala frequentemente como se fosse apenas uma característica individual. Mas embora as características pessoais da personalidade como a força ou a vulnerabilidade tenham um papel, o ambiente que nos circunda e onde vivemos é muito importante.
As nossas famílias, a vizinhança, a comunidade. Cada vez mais se reconhece que a sociedade e a comunidade desempenham um papel importante na promoção das crianças e jovens.

PE: E como é que isso se faz?

NK: Partimos de uma perspectiva alargada e vemos se existe um acesso suficiente aos diversos recursos como a educação, cuidados de saúde, acção social e verificamos até que ponto um jovem sente que pertence à sociedade em que vive, se sente incluído nos diversos serviços e discursos que o rodeiam.
Vemos também se existem oportunidades para a participação dos mais novos, que lhes permitam sentirem-se envolvidos nas diferentes realidades com que se cruzam.
Há assim muitas formas de todos nos juntarmos e promovermos a resiliência dos mais novos, quer trabalhando com eles individualmente ou com as suas famílias, mas também de maneira alargada através das diferentes políticas, leis e serviços que temos e que devem trabalhar em conjunto e não em silêncio e separadamente.”


Sem comentários: