Depois de um longo passeio turístico pelo palácio, eram finalmente horas de almoçar. Estavam todos reunidos à mesa quando Maria Amélia, a simpática e gorducha cozinheira entrou com uma enorme travessa de frango assado que colocou na mesa, sentando-se de seguida.
- Então, contem-me! Que tal vai a escola?
- Oh tia, por favor… Nós viemos para cá para ver se nos esquecíamos um bocado da escola! Não vamos estar agora a falar nela! – Protestou Catarina.
- Hmm… Bem visto, Catarina. Vamos fazer planos para esta tarde. A área deste terreno é enorme! Há um lago com água límpida aqui perto, podemos ir lá. Ou isso ou ver onde nasce o rio que vai ter a esse lago. Estou curiosa acerca de onde fica a nascente.
- Como é que conseguiu comprar isto tudo Dona Adelaide? – Interrompeu Kris. Mari deu-lhe um toque debaixo da mesa.
- Bem Kris, sabes, uma parente minha que faleceu há pouco tempo deixou-me em mãos parte da sua imensa fortuna e eu andava à procura de uma casa de campo. Foi quando encontrei este palácio aqui, escondido da civilização, para venda há anos!
- Mas que fixe, ele pertencia a algum rei?
- Bem, que eu saiba não! Mas também podemos investigar por nós mesmos! Aliás, eu ainda só estive a arranjar melhor as partes principais do edifício, há salas onde ainda nem entrei e podemos encontrar lá coisas interessantes! Se estiverem com espírito aventureiro pode ser que se divirtam bastante com isto.
- É isso mesmo, tia! Eu aprovo. – Disse Mari.
- Oh meu Deus! Eu apanho rede aqui! – Gritou Catarina ao verificar o seu telemóvel.
- É claro que apanhas! Eu controlo todas as minhas acções na bolsa desde aqui desde que nos mudamos! Só vou à cidade quando é mesmo preciso. A minha operadora deu-me uma proposta interessante e tenho internet rapidíssima aqui. Se precisarem, estão à vontade.
- Perfeito, eu trouxe a minha câmara pelo que quero tirar imensas fotos e meter no meu Facebook. Podemos usar o seu computador tia?
- Podem, mas só quando acabarmos de comer, é claro! Depois não se esqueçam que temos a nossa investigação para fazer!
Nesse momento, um dos copos derramou todo e seu conteúdo pela mesa, rebolou por esta e caiu no meio do chão, partindo-se em vários pedaços.
- Ai jesus que estou a fazer asneira outra vez! – Levantou-se de imediato Teresinha, que logo pegou num pano e tentou evitar que o sumo começasse a cair para o chão.
- Teresinha! É sempre a mesma coisa! Vá lá buscar a vassoura… e a esfregona também talvez… antes que alguém se corte nos vidros! Ai esta empregada…
Luis Filipe R. C. Leão
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