Para muitos estudantes, a Matemática é uma dor de cabeça. Este discurso é sobejamente conhecido e o elevado insucesso escolar tem levado professores e investigadores a procurarem formas de aumentar o desempenho dos seus alunos. O segredo pode estar online.
“Hypatiamat por causa de Hipátia [filósofa e matemática grega]. Ninguém dava nada por ela e agora todos lhe reconhecem importância. É esta a mensagem que queremos transmitir: quem não desistir, consegue!”, explica Pedro Rosário, vice-presidente da Escola de Psicologia da Universidade do Minho e coordenador do projecto Hypatiamat, um site interactivo onde se aprende Matemática.
A iniciativa foi lançada no início do ano lectivo e surgiu de uma colaboração entre a Escola de Psicologia da Universidade do Minho e o Departamento de Matemática da Universidade de Coimbra. É dirigido a alunos do 2.º e 3.º ciclos do ensino básico. No site, os estudantes do 5.º ao 9.º ano podem encontrar, gratuitamente, jogos didácticos e exercícios de exames nacionais e internacionais. Nessas tarefas interactivas, os jovens não estão sozinhos, tendo o acompanhamento de tutores virtuais, que dão pistas de solução. A aprendizagem de matérias como os ângulos ou as probabilidades fica facilitada, garante Pedro Rosário, devido a um “ambiente rigoroso, mas friendly”.
O exemplo de Hipátia de Alexandria funciona como uma metáfora. Por isso mesmo, diz o investigador, “temos a ideia do refresh – ao actualizar o site, os alunos recebem novos exercícios, com novos valores. O que estamos a dizer-lhes é: volta a trabalhar. Volta a tentar!”.
A ideia surgiu porque, segundo Pedro Rosário, “há a consciência de que os alunos têm muitas dificuldades acumuladas que condicionam a aprendizagem futura”. O professor não tem ainda uma ideia concreta do número de alunos que a página ajuda, mas diz que o balanço tem sido muito positivo.
Uma das principais vantagens desta plataforma, diz, é dar aos estudantes um feedback mais rápido das suas falhas, o que lhes permite ajustar mais facilmente o seu comportamento. Além disso, a resolução de exercícios em vídeo é mais adaptada ao tempo do aluno e torna possível que este volte atrás se não compreendeu algum passo.
Explicações de matemática online
Em 2010, Vítor Pereira, explicador particular de Matemática, apoiava mais de 30 alunos presencialmente, mas quis “ir mais longe” e lembrou-se de partilhar as suas explicações em vídeo no Youtube. Na altura, as lições destinavam-se a alunos do ensino superior.
Quando colocou os primeiros vídeos, o explicador não conhecia o exemplo da Khanacademy (sobre matemática, ciências, humanidades, economia...) – site que disponibiliza gratuitamente vídeo-aulas –, mas quando a descobriu pensou: “então isto funciona mesmo” e quis que os alunos portugueses usufruíssem de uma experiência semelhante.
Dois anos depois, entre exposições teóricas e resolução de exercícios, de testes intermédios ou de exames nacionais, o professor disponibiliza mais de 1300 videos no Youtube e quase um milhar no site Explicamat, para alunos dos 9.º ao 12.º anos. Os vídeos contam com mais de dois milhões de visualizações e mais de quatro mil subscritores, e o site recebe cerca de 1200 visitas únicas por dia.
Para garantir o funcionamento deste projecto, o professor teve de reduzir o número de explicações presenciais. Todos os dias recebe mensagens de alunos do 9.º ao 11.º ano que lhe pedem para actualizar o site. Geralmente, porque o teste se aproxima e não compreendem determinados assuntos. Até ao final deste ano lectivo, Vítor Pereira espera ter coberto toda a matéria dos programas de Matemática do 9.º ao 12.º ano.
Além das explicações gratuitas, os alunos podem comprar enunciados de exames ou pacotes de exercícios criados pelo explicador e pagar para ter serviços personalizados de esclarecimento de dúvidas. Estes funcionam da seguinte forma: os estudantes enviam por e-mail perguntas ou fotografias das páginas dos exercícios.
A iniciativa foi lançada no início do ano lectivo e surgiu de uma colaboração entre a Escola de Psicologia da Universidade do Minho e o Departamento de Matemática da Universidade de Coimbra. É dirigido a alunos do 2.º e 3.º ciclos do ensino básico. No site, os estudantes do 5.º ao 9.º ano podem encontrar, gratuitamente, jogos didácticos e exercícios de exames nacionais e internacionais. Nessas tarefas interactivas, os jovens não estão sozinhos, tendo o acompanhamento de tutores virtuais, que dão pistas de solução. A aprendizagem de matérias como os ângulos ou as probabilidades fica facilitada, garante Pedro Rosário, devido a um “ambiente rigoroso, mas friendly”.
O exemplo de Hipátia de Alexandria funciona como uma metáfora. Por isso mesmo, diz o investigador, “temos a ideia do refresh – ao actualizar o site, os alunos recebem novos exercícios, com novos valores. O que estamos a dizer-lhes é: volta a trabalhar. Volta a tentar!”.
A ideia surgiu porque, segundo Pedro Rosário, “há a consciência de que os alunos têm muitas dificuldades acumuladas que condicionam a aprendizagem futura”. O professor não tem ainda uma ideia concreta do número de alunos que a página ajuda, mas diz que o balanço tem sido muito positivo.
Uma das principais vantagens desta plataforma, diz, é dar aos estudantes um feedback mais rápido das suas falhas, o que lhes permite ajustar mais facilmente o seu comportamento. Além disso, a resolução de exercícios em vídeo é mais adaptada ao tempo do aluno e torna possível que este volte atrás se não compreendeu algum passo.
Explicações de matemática online
Em 2010, Vítor Pereira, explicador particular de Matemática, apoiava mais de 30 alunos presencialmente, mas quis “ir mais longe” e lembrou-se de partilhar as suas explicações em vídeo no Youtube. Na altura, as lições destinavam-se a alunos do ensino superior.
Quando colocou os primeiros vídeos, o explicador não conhecia o exemplo da Khanacademy (sobre matemática, ciências, humanidades, economia...) – site que disponibiliza gratuitamente vídeo-aulas –, mas quando a descobriu pensou: “então isto funciona mesmo” e quis que os alunos portugueses usufruíssem de uma experiência semelhante.
Dois anos depois, entre exposições teóricas e resolução de exercícios, de testes intermédios ou de exames nacionais, o professor disponibiliza mais de 1300 videos no Youtube e quase um milhar no site Explicamat, para alunos dos 9.º ao 12.º anos. Os vídeos contam com mais de dois milhões de visualizações e mais de quatro mil subscritores, e o site recebe cerca de 1200 visitas únicas por dia.
Para garantir o funcionamento deste projecto, o professor teve de reduzir o número de explicações presenciais. Todos os dias recebe mensagens de alunos do 9.º ao 11.º ano que lhe pedem para actualizar o site. Geralmente, porque o teste se aproxima e não compreendem determinados assuntos. Até ao final deste ano lectivo, Vítor Pereira espera ter coberto toda a matéria dos programas de Matemática do 9.º ao 12.º ano.
Além das explicações gratuitas, os alunos podem comprar enunciados de exames ou pacotes de exercícios criados pelo explicador e pagar para ter serviços personalizados de esclarecimento de dúvidas. Estes funcionam da seguinte forma: os estudantes enviam por e-mail perguntas ou fotografias das páginas dos exercícios.
Fonte: artigo de Catarina Fernandes Martins, Publico de 16.11.12
Sem comentários:
Enviar um comentário