Portal de referência, criado pelo Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável da Direção-Geral de Saúde.
quinta-feira, 29 de junho de 2017
Nova ferramenta online para escolher profissões
Os estudantes do ensino secundário têm
um novo aliado na hora de escolherem o curso que pretendem seguir depois de
terminado esse nível de ensino. A Faculdade de Psicologia da Universidade de
Lisboa desenhou um motor de busca, que está disponível online, onde os jovens
podem procurar um curso ou formação com base naquilo que são os seus
interesses, capacidades ou os ambientes em que pretendem vir a trabalhar. Em
função dos resultados ficam a conhecer os perfis de profissionais que estão no
activo em cada uma das áreas.
O motor de busca vocacional está
disponível, desde a semana passada, Portal Design The Future “Este não é
um teste psicológico nem um teste vocacional”, explica Isabel Janeiro,
professora na Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa que coordenou a
concepção da ferramenta. “É uma forma de os jovens compararem os seus
interesses com as profissões existentes”, acrescenta.
O portal foi criado há
dois anos pela associação Better Future, um organização juvenil com sede em
Lisboa e uma delegação no Porto, que, desde 2014, tem recebido vários prémios
de empreendedorismo social por iniciativas sempre ligadas à educação e
formação.
Desde o início que
permitia uma busca por instituições de ensino ou cursos, muito à semelhança do
que pode ser feito no portal da Direcção-Geral do Ensino Superior. Este ano,
contudo, o site — que tem o apoio da Fundação Vodafone Portugal e do banco
Santander Totta — foi reforçado com a opção de Exploração Vocacional. Os
estudantes podem aí escolher uma de três categorias: “Interesses”, “Ambientes
de trabalho” e “Capacidades”, em função daquilo que mais valorizam numa futura
profissão. Dentro de cada uma destas opções há diferentes possibilidades de
resposta e, em função da escolha, abre-se uma lista de profissões possíveis.
Por exemplo, se um aluno
quiser procurar áreas que lhe permitam ter no futuro um emprego com horário
flexível, o portal sugere-lhe ocupações como actor, copywriter publicitário ou
designer. Se pretende profissões que permitam estar ao ar livre, sugere-se, por
exemplo, biólogo marinho e arqueólogo. Se gosta de “actividades práticas”
algumas hipóteses enumeradas são chef e restauradora de arte especialista em
pintura.
A cada uma das
profissões está depois associado um perfil de um profissional da respectiva
área, com uma biografia e um vídeo de apresentação, bem como a oferta formativa
existente para aquela área.
O Design the Future
lista licenciaturas e mestrados, quer em instituições públicas quer privadas,
mas também formações não superiores, como cursos profissionais ou
especializações. Ao todo há mais de 3000 cursos à escolha, com informações
sobre a localização ou forma de candidatura. A sua “grande vantagem” é permitir
aos jovens “confrontar o seu perfil vocacional com o mundo das profissões”,
sublinha Isabel Janeiro.Outra novidade do portal
é a inclusão de “profissões novas”, que os alunos “ainda não conhecem” e que
podem ter um papel importante no futuro. Há, por exemplo, testemunhos de um
neuromarketeer ou de uma astrobióloga.
Fonte: Publico de 29.6.2017
quarta-feira, 28 de junho de 2017
Psicologia Escolar: análise sobre dificuldades e superações no Brasil e Portugal.
Petroni, Ana Paula, & Souza, Vera Lucia Trevisan de. (2017). Psicologia Escolar: análise sobre dificuldades e superações no Brasil e Portugal. Psicologia Escolar e Educacional, 21(1), 13-20
Aceder: http://www.scielo.br/scielo.
Apresentamos neste artigo algumas considerações acerca da constituição e do fortalecimento da Psicologia Escolar como área de conhecimento e de prática. O objetivo é problematizar o modo como a atuação do psicólogo escolar tem sido representada e nos aproximarmos de uma visão mais crítica com relação a sua prática. Para isso, buscamos apresentar um cenário de como essa área vem sendo construída e constituída no Brasil e em Portugal. Acreditamos que as reflexões aqui desenvolvidas oferecem lastro para a atuação do psicólogo na escola, possibilitando a construção de uma ação crítica que incorporaas condicionantes históricas, políticas e econômicas que constituem esta instituição e se volta ao seu enfrentamento, pela aposta nos sujeitos e suas objetivações, como protagonistas de suas histórias, seu desenvolvimento e sua aprendizagem.
Palavras-chave: Psicologia Escolar e Educacional; escolas; políticas.
terça-feira, 27 de junho de 2017
TESE: Professores em contextos de risco:estudo exploratório do papel das relações na resiliência de professores do Programa Integrado de Educação e Formação (PIEF)
Dissertação para obtenção de grau de Mestre
em Sociedade, Risco e Saúde
Autor: PATRÍCIA LOURO MORAES SARMENTO
Palavras-chave:
PALAVRAS CHAVE: STRESSE OCUPACIONAL; RESILIÊNCIA; PROFESSORES; RELAÇÕES
INTERPESSOAIS; PIEF; EDUCAÇÃO
As escolas enfrentam mudanças e exigências que desafiam a sua capacidade de resposta e a saúde dos professores. O stresse ocupacional é uma consequência comum. A resiliência pode ajudar os professores a prevenir e gerir o stresse, em especial daqueles que lecionam em contextos considerados de risco. Neste estudo, aborda-se a resiliência enquanto a capacidade dos professores para manter o equilíbrio, o sentido de compromisso e controlo no dia-a-dia. Baseado numa metodologia qualitativa, este trabalho tem como objetivo caracterizar a perceção do stresse e da resiliência, com ênfase nas relações enquanto fatores de proteção, num grupo de professores com atividade profissional desenvolvida num Programa Integrado de Educação e Formação (PIEF). Procura-se especificamente caracterizar e analisar a perceção destes professores sobre A) o seu stresse ocupacional; B) os recursos disponíveis para o seu desempenho profissional; e C) as relações interpessoais enquanto fator protetor. Foram realizadas entrevistas semi-estruturadas presenciais a nove professores, em diferentes fases da carreira, e a dois elementos não-docentes da equipa, numa escola na Amadora. Os resultados sugerem que: 1) lecionar PIEF não é percecionado pelos professores como um stressor per se; e 2) os professores conseguem identificar um conjunto de recursos que promovem a sua resiliência, nomeadamente relações interpessoais dentro e fora da escola. Este estudo contribui para uma melhor compreensão do papel das relações na resiliência dos professores, investigando em que situações os professores procuram apoio, junto de quem e quais os motivos que os levam a escolher essas pessoas. São retiradas ilações para agilizar e humanizar contextos escolares de risco, enfatizando a importância de uma responsabilização coletiva no apoio formal e informal dos professores
sábado, 24 de junho de 2017
Como lidar com um DESASTRE NATURAL - OPP/DGS
Vivenciar um desastre natural, nomeadamente um incêndio, pode afectar a nossa saúde e o nosso bem-estar psicológico. É importante conhecer as respostas usuais a estes eventos e as estratégias que permitam lidar de forma mais eficaz com os sentimentos, pensamentos e comportamentos provocados pelo mesmo.
Este documento, que foi desenvolvido de forma conjunta entre a Direção-Geral da Saúde e a Ordem dos Psicólogos Portugueses, destina-se a quem vivenciou um desastre natural e a todos aqueles que possam de alguma forma intervir ou relacionar-se com as pessoas afectadas, apresentando recomendações para melhor lidar com as emoções após um desastre natural.
sexta-feira, 23 de junho de 2017
Referencial de Educação para a Saúde
Por despacho de 16 de maio do Senhor Secretário de Estado da Educação, foi homologado o Referencial de Educação para a Saúde.
Este Referencial pretende ser uma ferramenta educativa flexível, passível de ser utilizada e adaptada em função das opções e das realidades de cada contexto educativo, desde a educação pré-escolar ao ensino secundário, nas suas diferentes modalidades, em qualquer disciplina ou área disciplinar.
Como documento de referência, orientador na promoção e educação para a saúde, contribui para o desenvolvimento integral das crianças e jovens, tornando-os mais aptos para uma cidadania ativa e responsável.
Retirado de: http://www.dge.mec.pt/ e http://nutrimento.pt/
terça-feira, 20 de junho de 2017
Cinema Sem Conflitos
O Cinema Sem Conflitos é um site dedicado à prevenção e mediação de conflitos, especialmente desenhado para utilização em contextos educativos.
sexta-feira, 16 de junho de 2017
ONU lança página inteiramente dedicada aos direitos humanos
Criada pelo UNIC Rio, www.dudh.org.br possui informações completas sobre o sistema internacional de direitos humanos, vídeos e notícias atualizadas diariamente.
Quer conhecer a Declaração Universal dos Direitos Humanos e até baixar este e outros documentos para seu celular? Gostaria de saber a história da implementação da Declaração, que é hoje o documento mais traduzido do mundo? Tem interesse em conhecer como funciona o sistema internacional criado para promover e proteger os direitos humanos?
Em língua portuguesa
ESCOLA da INTELIGÊNCIA
A Escola da Inteligência é um programa educacional que
objetiva desenvolver a educação socioemocional no ambiente escolar.
Fundamentada na Teoria da Inteligência Multifocal, elaborada pelo Dr. Augusto
Cury, a metodologia promove, por meio da educação das emoções e da
inteligência, a melhoria dos índices de aprendizagem, redução da indisciplina,
aprimoramento das relações interpessoais e o aumento da participação da família
na formação integral dos alunos. Todos os envolvidos - professores, alunos e
familiares – são beneficiados com mais qualidade de vida e bem-estar psíquico.
Atualmente, o Programa atende diretamente mais de 200 mil alunos em escolas de
todo Brasil.
terça-feira, 13 de junho de 2017
ERASMUS STUDENT NETWORK
sexta-feira, 9 de junho de 2017
Resolução da Assembleia da República n.º 103/2017
Resolução da Assembleia da República n.º 103/2017 - Diário da República n.º 109/2017, Série I de 2017-06-06
Assembleia da República
Recomenda ao Governo que, no âmbito da revisão do Decreto-Lei n.º 3/2008, de 7 de janeiro, promova a escola inclusiva de forma abrangente.
Aceder AQUI
Ponto 7 — Proceda ao reforço do número e variedade dos
técnicos necessários à qualificação da intervenção educativa
em todos os agrupamentos de escolas e escolas
não agrupadas, em especial de psicólogos (educacionais
e clínicos), terapeutas da fala, terapeutas ocupacionais,
intérpretes de Língua Gestual Portuguesa e outros que
venham a revelar -se necessários
quarta-feira, 7 de junho de 2017
terça-feira, 6 de junho de 2017
Discriminação nas Escolas: ILGA lança projeto de cidadania ativa em contexto escolar
A Associação ILGA Portugal – Intervenção Lésbica, Gay, Bissexual, Trans e Intersexo – lança hoje um novo projeto de promoção da cidadania ativa de jovens em contexto escolar na região norte do país, com a designação de Aliança Da Diversidade (ADD).
De acordo com os dados da Agência para os Direitos Fundamentais da União Europeia, 94 dos jovens LGBT ouvem ou testemunham comentários e comportamentos negativos em contexto escolar em Portugal. As vítimas de crimes de ódio e de discriminação em função da orientação sexual e da identidade de género são bastante jovens. A violência é muitas vezes exercida por colegas e por familiares, e raramente é denunciada.
“Jovens LGBTI reportam mais episódios de bullying e discriminação, correndo maior risco de exclusão. Tal como demonstrado de forma exemplar no episódio recente ocorrido na Escola Secundária de Vagos, em Aveiro, promover a solidariedade entre pares e a visibilidade neste âmbito é a melhor forma de prevenir a violência e a discriminação”, afirma Telmo Fernandes, coordenador do projeto.
Esta iniciativa pretende, assim, fornecer recursos e ferramentas para que estudantes que frequentem estabelecimentos de ensino na região norte do país possam organizar grupos, idealmente com a colaboração de professores/as ou outros elementos significativos da comunidade escolar, que se constituam como dinamizadores de atividades regulares de visibilidade positiva da diversidade em função da orientação sexual, da identidade e expressão de género em contexto escolar, e como polos ativos de prevenção da discriminação dentro das escolas. Paralelamente, o projeto, que tem sede na cidade do Porto, irá disponibilizar um atendimento e acompanhamento psicossocial semanal a jovens LGBTI.
O projeto ADD recebeu o apoio do programa Portugal 2020 no âmbito do Programa Operacional Inclusão Social e Emprego (Eixo Prioritário 3), cuja entidade gestora é a Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género, fortalecendo o compromisso do Governo português no combate à discriminação e na inclusão das pessoas LGBTI.
Retirado de: http://www.ilga-portugal.pt/noticias/936.php
Emploi Store (França): plataforma de procura de emprego e formação
A Emploi Store é uma plataforma inovadora em
linha dedicada a todos aqueles que procuram emprego e formação em França. Mas
tem também uma «Dimensão Europeia».
A Pôle Emploi criou a Emploi Store, uma base
de dados que permite pesquisar praticamente tudo o que está relacionado com os
serviços de emprego. Quer precise de ajuda na elaboração de uma candidatura, no
aperfeiçoamento das suas competências em matéria de entrevistas ou na procura
de um emprego, a Emploi Store oferece-lhe acesso direto a toda uma lista de
aplicações, sítios Web e ferramentas que permitem organizar-se. Uma grande
variedade de ferramentas interativas de ponta de utilidade acessíveis e prontas
para usar na Emploi Store.
Saber mais: https://ec.europa.eu/eures
segunda-feira, 5 de junho de 2017
Entrevista a Augusto Cury
“Está a confundir-se a síndroma do pensamento acelerado com hiperactividade e há erros de diagnóstico no mundo todo”, diz o psiquiatra brasileiro Augusto Cury, que tem livros publicados em 70 países.
Augusto Cury é psiquiatra e autor de dezenas de livros. Muitos são de auto-ajuda, outros são aquilo a que o próprio chama “romance psiquiátrico”, ou seja, ao longo da trama o autor vai introduzindo informação técnica e científica, de uma forma pedagógica. Os seus livros vendem milhões e alguns já chegaram à televisão.
O brasileiro veio a Portugal para o lançamento de O Homem mais Inteligente da História (editado pela Pergaminho em que revela como se converteu ao cristianismo ao estudar a “mente fascinante de Jesus”, mas sobretudo confessa uma enorme preocupação com a educação das novas gerações e com as doenças mentais:
B.W: Critica os pais que compram os filhos com bens materiais...
B.W: Critica os pais que compram os filhos com bens materiais...
Em todo o mundo há pais que transferem dinheiro, carros, casas, mas não conseguem falar das suas lágrimas para que os filhos venham a ser capazes de chorar as deles. É preciso educação socioemocional. Os pais não se apercebem de que quando elevam o tom de voz, quando criticam ou comparam, tornam-se predadores da emoção dos seus filhos. Os pais pioram os seus filhos porque não conhecem o funcionamento da mente. O mesmo fazem os professores.
B. W: Mas também vemos pais que mostram desinteresse. Por exemplo quando um filho está a chamar a atenção e o pai dá-lhe um smartphone...
Há um problema sério no mundo. Já sabemos que os ecrãs não acalmam nem aliviam a ansiedade, mas sufocam o tédio, dando a falsa noção de que as crianças e jovens estão calmos. E os pais utilizam essa ferramenta porque não conseguem brincar, dialogar, ajudar os filhos a reflectir porque eles também estão stressados. Eles também são vítimas da síndroma do pensamento acelerado. Uma criança de sete anos tem mais informação do que tinha um imperador no auge de Roma.
B. W: E isso tem consequências?
Isso gera agitação mental e sintomas como dores de cabeça, musculares, cansaço, sofrimento por antecipação, baixo limiar para a frustração, dificulta a memória. Sintomas que pais e crianças sentem. Os pais eximem-se da sua responsabilidade de criar alternativas para educar de uma maneira inteligente. Por isso é que as crianças e adolescentes estão cada vez mais agitados.
B. W: E são diagnosticados como hiperactivos?
Está a confundir-se a síndroma do pensamento acelerado com hiperactividade e há erros de diagnóstico no mundo todo. Digo isso no livro: estão a ser prescritas drogas de obediência para um problema que nós criámos.
B. W: Há um problema maior de saúde mental do que há dez ou 20 anos?
Hoje é gravíssimo! Estamos assustados porque antigamente uma pequena quantidade de pessoas poderia ter um problema de saúde mental, hoje sabemos que uma em cada duas tem ou vai desenvolver um transtorno emocional. Metade da população! Destes quantos procuram tratamento? Talvez nem 1%. Por isso, o melhor é a prevenção. É mais inteligente e democrático. Neste livro falo de ferramentas preventivas.
B. W: Tais como, por exemplo?
Costumo dizer que não devemos apenas fazer higiene oral, mas mental. Isso é prevenção. A cada 40 segundos suicida-se uma pessoa e a cada quatro segundos uma pensa em suicídio.
B. W: Falou de automutilação, de suicídio, como é que olha para o fenómeno da Baleia Azul?
Há 20 anos que estamos numa epidemia de suicídio. E é um paradoxo porque estamos perante uma poderosa indústria do lazer, capitaneada pelo cinema, o desporto, os smartphones. Mas temos a geração mais triste e com a mais baixa capacidade de contemplar o que é belo, de elaborar experiências, de fazer muito do pouco. O índice de suicídio entre os dez e os 15 anos aumentou 40%. Esse jogo é apenas a ponta do icebergue.
B. W: Quem são os jovens que pensam no suicídio? São os que estudam mas não têm perspectivas para o futuro?
No Brasil, o maior estrago da corrupção não foi nas finanças do país, mas no inconsciente colectivo de toda uma geração de jovens que viram a sua esperança ser esmagada. A falta de perspectiva, a competitividade atroz na sociedade capitalista, a dificuldade de acesso à universidade são elementos stressantes, mas não explicam a explosão de frustração. A dificuldade está em gerir as emoções. A humanidade não estava preparada para a avalanche de estímulos. Por isso, defendemos que as pessoas seleccionem a informação. Nas escolas deveriam ensiná-los a ler jornais e revistas, para que não sejam manipulados por políticos autoritários com soluções mágicas, radicais e inclusive fascistas que seduzem milhões de jovens. Estou muito preocupado com isso.
B. W: Mas há esperança!...
A esperança está na educação. Sem uma educação socioemocional e de gestão da emoção a nossa espécie é quase inviável porque os instintos de sobrevivência prevalecem sobre a cooperação, generosidade e altruísmo.
B. W: Mas neste livro [O Homem mais Inteligente da História] há uma forte crítica ao actual sistema de ensino e à forma como as crianças são educadas naquilo a que chama a “era da informação”...
Exactamente. Temos de mudar da “era da informação” para a “era do eu como gestor da mente humana”. Sem isso não vamos produzir mentes brilhantes, com consciência crítica.
B.W: O que é preciso mudar nas
escolas?
Se pegarmos nos alunos do pré-escolar até ao doutoramento, verificamos que não damos ferramentas para que se tornem autores da sua própria história, para terem consciência crítica, capacidade de escolha. Não desenvolvem capacidades para colocar-se no lugar do outro, serem resilientes, tolerantes à frustração, generosos. Estes jovens estão preparados para os desafios profissionais, sociais, para as preocupações com a segurança alimentar e aquecimento global, mas não passarão de “meninos” com um diploma nas mãos. Portanto, a educação mundial tem de contemplar a gestão da emoção.
Se pegarmos nos alunos do pré-escolar até ao doutoramento, verificamos que não damos ferramentas para que se tornem autores da sua própria história, para terem consciência crítica, capacidade de escolha. Não desenvolvem capacidades para colocar-se no lugar do outro, serem resilientes, tolerantes à frustração, generosos. Estes jovens estão preparados para os desafios profissionais, sociais, para as preocupações com a segurança alimentar e aquecimento global, mas não passarão de “meninos” com um diploma nas mãos. Portanto, a educação mundial tem de contemplar a gestão da emoção.
B. W: E como é que isso se faz?
No Brasil estamos a aplicar o Programa Escola da Inteligência, que é um
projecto de gestão de emoção, inserido no currículo. Temos 250 mil alunos do
pré-escolar ao secundário a quem, uma vez por semana, ensinamos a desenvolver
capacidades para protegerem a emoção. Para isso, é preciso entregarmo-nos sem
esperar nada em troca. Segundo, entender que atrás de uma pessoa que fere está
uma pessoa ferida. Terceiro, não ser agiota da emoção. Os que elevam o tom de
voz, apenas apontam falhas, não brincam, não transformam as crises em
oportunidades de [as crianças] se reinventarem são pais e professores
implacáveis.
B.W: Existem outras regras?
Sim, a quarta é a vingança que nos alivia um minuto, enquanto o perdão
inteligente alivia uma vida. Vivemos numa era de autopunição e é preciso
ensinar as crianças e os adolescentes a perdoarem os outros e a si mesmos. E há
outras. O importante é perceber que não adianta fazermos seguros de vida se não
protegermos o maior de todos os bens, que é a emoção.
quinta-feira, 1 de junho de 2017
Parecer n.º 4/2017
Educação - Conselho Nacional de Educação
Parecer sobre Perfil dos Alunos para o Século XXI
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