Os estudantes do ensino secundário têm
um novo aliado na hora de escolherem o curso que pretendem seguir depois de
terminado esse nível de ensino. A Faculdade de Psicologia da Universidade de
Lisboa desenhou um motor de busca, que está disponível online, onde os jovens
podem procurar um curso ou formação com base naquilo que são os seus
interesses, capacidades ou os ambientes em que pretendem vir a trabalhar. Em
função dos resultados ficam a conhecer os perfis de profissionais que estão no
activo em cada uma das áreas.
O motor de busca vocacional está
disponível, desde a semana passada, Portal Design The Future “Este não é
um teste psicológico nem um teste vocacional”, explica Isabel Janeiro,
professora na Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa que coordenou a
concepção da ferramenta. “É uma forma de os jovens compararem os seus
interesses com as profissões existentes”, acrescenta.
O portal foi criado há
dois anos pela associação Better Future, um organização juvenil com sede em
Lisboa e uma delegação no Porto, que, desde 2014, tem recebido vários prémios
de empreendedorismo social por iniciativas sempre ligadas à educação e
formação.
Desde o início que
permitia uma busca por instituições de ensino ou cursos, muito à semelhança do
que pode ser feito no portal da Direcção-Geral do Ensino Superior. Este ano,
contudo, o site — que tem o apoio da Fundação Vodafone Portugal e do banco
Santander Totta — foi reforçado com a opção de Exploração Vocacional. Os
estudantes podem aí escolher uma de três categorias: “Interesses”, “Ambientes
de trabalho” e “Capacidades”, em função daquilo que mais valorizam numa futura
profissão. Dentro de cada uma destas opções há diferentes possibilidades de
resposta e, em função da escolha, abre-se uma lista de profissões possíveis.
Por exemplo, se um aluno
quiser procurar áreas que lhe permitam ter no futuro um emprego com horário
flexível, o portal sugere-lhe ocupações como actor, copywriter publicitário ou
designer. Se pretende profissões que permitam estar ao ar livre, sugere-se, por
exemplo, biólogo marinho e arqueólogo. Se gosta de “actividades práticas”
algumas hipóteses enumeradas são chef e restauradora de arte especialista em
pintura.
A cada uma das
profissões está depois associado um perfil de um profissional da respectiva
área, com uma biografia e um vídeo de apresentação, bem como a oferta formativa
existente para aquela área.
O Design the Future
lista licenciaturas e mestrados, quer em instituições públicas quer privadas,
mas também formações não superiores, como cursos profissionais ou
especializações. Ao todo há mais de 3000 cursos à escolha, com informações
sobre a localização ou forma de candidatura. A sua “grande vantagem” é permitir
aos jovens “confrontar o seu perfil vocacional com o mundo das profissões”,
sublinha Isabel Janeiro.Outra novidade do portal
é a inclusão de “profissões novas”, que os alunos “ainda não conhecem” e que
podem ter um papel importante no futuro. Há, por exemplo, testemunhos de um
neuromarketeer ou de uma astrobióloga.
Fonte: Publico de 29.6.2017
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