De acordo com a mais recente monitorização da OIT, o desemprego e as desigualdades devem aumentar, em resultado das múltiplas e sobrepostas crises económicas, agravadas pela guerra da Ucrânia. As conclusões, sem surpresas, são sombrias:
·
Embora o
impacto da COVID-19 tenha diminuído na maioria dos países, as horas de trabalho
continuam 1,5% abaixo do valor de referência pré-crise, o equivalente a 40
milhões de empregos a tempo inteiro perdidos;
·
Os salários
reais estão a cair em muitos países devido à inflação. Isto está a ser agravado
pela guerra na Ucrânia, levando ao aumento da insegurança alimentar e da
pobreza.;
·
A
divergência entre as economias desenvolvidas e em desenvolvimento é cada vez
maior. Mesmo dentro dos países, a desigualdade continua a aumentar;
·
A qualidade
dos empregos está a descer. Em muitos países onde a recuperação do emprego tem
sido forte, a maioria destes novos empregos encontra-se na economia informal,
onde os trabalhadores têm poucos ou nenhuns benefícios da segurança social e
permanecem vulneráveis à próxima crise;
·
Os
progressos na redução do fosso salarial entre homens e mulheres está em risco
devido ao abrandamento da recuperação;
·
Tudo isto
está também a dificultar uma transição justa para uma economia ambientalmente
sustentável.
Com base nas tendências atuais, o
crescimento global do emprego irá deteriorar-se significativamente até ao final
do ano.
Tendo em conta as conclusões deste
relatório, são sugeridas algumas medidas para mitigar os efeitos dos seus
impactos, tais como: intervenções na fixação de preços para bens públicos;
canalizar os lucros inesperados para o bem social, reforço da segurança de
rendimentos através da proteção social, aumentar o apoio ao rendimento para
manter o poder de compra dos rendimentos do trabalho; orientar o apoio para as
pessoas e empresas mais vulneráveis. Finalmente, o reforço do diálogo social
entre governos, representantes dos trabalhadores e empregadores.
SABER mais:
Fonte: DGERT
Sem comentários:
Enviar um comentário