quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Bullying - é tempo de inserir a saúde mental nas escolas

Parte do artigo de Ana Cristina Pereira, que saiu no Publico de hoje, com o título Suicídio é multifactorial, diz especialista
(…)
O bullying foi a causa apontada pelo Correio da Manhã ao noticiar a morte do rapaz de 15 anos, aluno da EB 2-3 de Palmeira, em Braga. Não seria descabido. Segundo Ana Tomás de Almada, investigadora da Universidade do Minho, esta forma de violência – continuada, exercida por colegas – tende a ser desvalorizada. “Considera-se que faz parte da infância e da adolescência, que forma o carácter, endurece. Como não há condenação, não há prevenção.” (...)As escolas, explica ainda o especialista José Carlos Santos, presidente da Associação Portuguesa de Suicidologia, podem desempenhar um papel chave na prevenção. Não se refere apenas aos professores, mas também aos assistentes operacionais, que vigiam os recreios. Acha que é tempo de inserir a saúde mental no plano de saúde escolar e de apostar nos processos educativos, na cidadania, em vez de pensar apenas nos resultados. Beatriz Pereira - investigadora da Universidade do Minho -  aponta no mesmo sentido: parece-lhe que a escola tem de incentivar mais o respeito, a cooperação e menos a competição."
Nota: o sublinhado é meu

1 comentário:

Anónimo disse...

Enquanto os pais não prestarem mais atenção nos seus filhos, mesmo que pais e familiares vejam seus filhos , apenas a noite - quando chegam do serviço, o problema não irá se resolver.
Porque há 20,30 anos atrás , este tema não era tão alarmante e não fazia tantas vítimas? Porque as crianças e jovens permaneciam muito mais junto dos familiares ou pais. Com a expansão da -mulher- para prover sustento e independência profissional, dos avós - que prolongam o tempo de trabalho mesmo depois da aposentadoria e do próprio pai- que muitas vezes nem está presente devido ao alto índice de divórcios- hoje em dia; tudo mudou. São madrastas, padrastos, pais e familiares que , ou por falta de tempo- necessidade financeira- ou por outros diversos motivos não estão presentes na vida de milhares de crianças e jovens. O trabalho da escola tem que ser em parceria direta e rápida com a família, ainda mais em pleno século XXI.
Contudo, sabemos que isso raramente acontece agora, em nossos tempos. As crianças não estão aprendendo valores. As mesmas aprendem também por repetição e este reforço deveria complementar o trabalho da escola- dos educadores. O reforço é responsabilidade da família que tem muito mais força e poder educacional que a própria escola.
obs.: atualmente sou professora e estou sofrendo bullying por parte da escola em que atuo- primeiramente da direção e agora, generalizou entre colegas de trabalho. A inveja no adulto e a ignorância, também contribuem para isso. Estou horrorizada, pois já passei por isso, não com frequência, antes, entretanto; assim que comecei a atuar na área educacional, achei que dentro de uma escola ou creche, jamais, jamais aconteceria isso. Pois aconteceu e comigo. Passei por atendimento psicológico -ajuda, lutei até o final pelo meu emprego e; infelizmente não consegui fazer-me acreditada pelo órgão publico municipal em que atuo. Fiquei prejudicada e como generalizou entre as demais professoras, eu me afastei. Mas não desisti da profissão.
Situação recente, e hoje foi um dia de grande pesar, por relembrar que estive em hospital e , sei bem o que é querer desistir da própria vida. Mas eu não estou com a química cerebral alterada e nunca tive coragem para desistir da própria vida. Mas a depressão chegou. Estou sendo acompanhada e luto, porque tenho um lindo filho-menor - do meu lado , que com certeza quer ver em mim; uma mãe que luta e que não desiste fácil. O bullying é uma situação seríssima, o projeto de lei que foi revisto em 2011, parece que não foi mais comentado. Nossos legisladores precisam rever este assunto, antes que seja tarde. OU melhor já é. Acredito que o bullying nos adultos tem - n- fatores e vai mais além. Nós - adultos e os jovens- precisamos nos fortalecer emocionalmente, cada dia mais ; de forma a combatermos este tipo de situação,de crime psicológico e tanto educadores ; e principalmente os pais- a família tem que ficar muito atentos- dar um jeito de mandar alguém ou acompanharem seus filhos- no dia-a-dia; dialogar com eles- constantemente, de forma a ajuda-los com força total quando este crime psicológico que pode até ser fatal- aparecer. Como a situação se tornou alarmante, enquanto não se trabalha , de forma geral(medidas-sócio-educativas); o acompanhamento da família( das crianças e jovens) e o afastamento do possível agressor- é ainda o melhor remédio. Com certeza este tema- vai mais além.
Um abraço e coragem- na luta contra o bullying. Esta doença(bullying) é o mal do século e só quem passa sabe e precisa ser combatido urgentemente, para que não adoeça outras pessoas e principalmente estes pequenos inocentes( jovens) do mundo todo.