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Na escola, multiplicam-se as referências a «projetos de trabalho». No plano das intenções, reconhece-se que esses projetos constituem uma alternativa a práticas pedagógicas mais rotineiras, permitindo a mobilização dos saberes em situações de aprendizagem significativas.
No entanto, na prática, o trabalho por projeto continua a ser realizado de forma pouco sistemática, afirmando-se frequentemente que os alunos são pouco autónomos, mesmo quando se trabalham de temas pensados em função dos seus interesses.
Neste contexto, importa refletir sobre a natureza das dinâmicas de trabalho desenvolvidas e sobre o grau de implicação dos alunos nessas mesmas dinâmicas, destacando:
- a necessidade de experimentar percursos de aprendizagem que visem a produção e a socialização de obras culturais;
- a importância de assegurar a instituição de uma efetiva conduta de projeto, perspetivando os alunos enquanto autores e não apenas enquanto executores de propostas que, no essencial, não foram por eles pensadas;
- o papel fundamental da avaliação cooperada dos percursos de trabalho e das aprendizagens.
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