terça-feira, 31 de julho de 2018

ABRA A SUA CASA AO MUNDO: ACOLHA UM/A ESTUDANTE AFS



O Programa AFS – Famílias de Acolhimento é uma oportunidade única para que jovens, entre os 15 e os 18 anos, obtenham uma visão mais completa e profunda sobre a cultura e vida noutro país, vivendo numa família diferente da sua e experimentando outras referências culturais.

Para as Famílias de Acolhimento é uma excelente oportunidade de conviverem com um/a estudante de uma cultura diferente, partilhando o dia-a-dia da sua própria cultura e conhecendo melhor uma cultura de outra parte do Mundo.

Sistema de Alerta Precoce do Insucesso escolar no Ensino Básico




Tem estreia marcada já para o próximo ano letivo, em vários agrupamentos escolares, o SAPIE-EB, um projeto que usa tecnologias educativas inovadoras para combater o insucesso escolar.

Nestes dias uma equipa, no terreno, faz demonstrações detalhadas a municípios e escolas que tenham interesse em conhecer melhor esta solução. Pedidos e marcações através do e-mail pedro.cordeiro@atbrilhantes.pt 

domingo, 29 de julho de 2018

A Internet e as Crianças - riscos e potencialidades



Edição de julho 2018
A internet em geral e as redes sociais vieram colocar novos desafios ao exercício das responsabilidades parentais, quer pela facilidade de acesso, quer pelo difícil controlo da segurança. A redobrada atenção que a todos se exige implica conhecimento e reflexão sobre o que pode estar em causa. O Centro de Estudos Judiciários, através das acções de formação organizadas pela sua Jurisdição da Família e das Crianças, tem procurado contribuir para esse debate. O resultado é espelhado em mais este e-book da “Coleção Formação Contínua”.

segunda-feira, 23 de julho de 2018

LIVRO “Work in the Digital Age. Challenges of the Fourth Industrial Revolution"



No passado mês de junho, foi lançado o livro “Work in the Digital Age. Challenges of the Fourth Industrial Revolution“, uma obra da autoria do think tank alemão, Das Progressive Zentrum.
O livro reune análises de mais de 50 profissionais de políticas públicas do mundo que discutem sobre os efeitos da automatização, da produtividade estagnada, do crescimento das disparidades regionais e dos crescentes níveis de desigualdade entre e dentro de países.
“No desenrolar da revolução digital, foram proporcionadas oportunidades de crescimento na produtividade o que resultou no melhoramento considerável da vida das pessoas. Mas este crescimento provocou mudanças sociais e políticas significativas como também um aumento no risco de desigualdades”.
Disponibilizamos aqui, o link para o pdf do livro que é gratuito, mas também é possível adquiri-lo nas livrarias.

sábado, 21 de julho de 2018

Peter Felten: “Na universidade o objectivo não é estar confortável, é mudar”




Entrevista de Samuel Silva a Peter Felten que saiu no Publico de hoje, com o título “Na universidade o objectivo não é estar confortável, é mudar”:

Os estudantes “não sabem tanto como deviam ou podiam” no momento de se candidatarem ao ensino superior, defende Peter Felten, professor na Universidade de Elon, nos EUA.
Na semana em que começa o concurso nacional de acesso às universidades e politécnicos públicos, o ex-presidente da Sociedade Internacional de Académicos de Educação e Formação, Peter Felten, explica que cada aluno tem necessidades diferentes, mas que o importante é escolherem cursos e instituições em que possam pôr-se à prova. Conversa com o especialista à margem de uma conferência sobre sucesso escolar, em Braga, onde foi convidado do 5.º Congresso Nacional de Práticas Pedagógicas no Ensino Superior, que decorreu na Universidade do Minho.
Os estudantes portugueses começaram esta quarta-feira a fazer as suas candidaturas às universidades. Quanto do seu sucesso no futuro vai ser definido pelas escolhas que fizerem nestes dias?
Há duas respostas para essa questão. Por um lado, os estudantes devem perceber que é possível ter uma educação excelente em muitos lugares. Às vezes, os estudantes têm a crença errada de que há apenas um curso ou uma escola que é a certa para eles. As instituições são diferentes, os programas são diferentes, mas há muitos sítios excelentes para estudar. Por outro lado, é preciso sublinhar que o mais importante é decidir entrar no ensino superior e fazê-lo de forma séria. Um curso superior tem impactos significativamente positivos para as carreiras e os rendimentos, mas também para o tipo de trabalho cívico que estas pessoas farão no futuro.
Quanto é que os estudantes sabem realmente sobre a oferta existente quando fazem uma candidatura?
Sabem aquilo que as universidades promovem e podem saber, através de familiares ou amigos, algo sobre as suas experiências. Mas não sabem tanto como deviam ou podiam saber antes de fazerem as suas escolhas. O que eles precisam de saber agora é que vão retirar da universidade tanto quanto aquilo que nela investirem. Isto significa que devem estar prontos para se desafiarem a si mesmo e testarem os seus limites.
O que motiva realmente as escolhas dos alunos quando entram no ensino superior?
Alguns estudantes têm obrigações familiares ou pessoais que os podem levar a querer ficar mais próximos de casa. Outros talvez precisem do desafio de estarem afastados e de serem independentes. Não há uma única resposta. O que é claro é que, quando vão candidatar-se ao ensino superior, os estudantes não podem pensar em qual o lugar mais conveniente ou qual a decisão mais fácil para definirem o seu futuro, mas antes qual a decisão certa, que é a que vai desafiá-los para que possam crescer.
O lugar onde se estuda é importante?
O contexto de uma universidade afecta bastante a experiência de um estudante. A minha universidade está numa cidade pequena [Elon, na Carolina do Norte, com 10 mil habitantes, está situada a duas horas de Charolotte, a maior cidade do Estado]. Os estudantes conhecem-se uns aos outros, há uma comunidade estudantil bastante forte. É evidente na cidade quem é estudante e quem não é. Se os estudantes forem para uma universidade como a de Nova Iorque – que é excelente – estão completamente rodeados pela própria cidade de Nova Iorque. Nunca sabem quando estão num edifício da universidade e quando não estão.
E isso muda a aprendizagem?
Toda a experiência é bastante diferente. Os estudantes devem fazer aquilo que sentem que precisam. Querem sentir que fazem parte de uma comunidade particular, ou querem a experiência de viver numa grande cidade e ser parte dela?
Há uma discussão em Portugal por estes dias porque o Governo mudou as regras de acesso à universidade de modo a reduzir o número de vagas nas duas principais cidades do país e a levá-las para outras zonas do país.
Os estudantes têm sempre que encontrar um equilíbrio entre conforto e desconforto. Quando se está na universidade, o objectivo não é estar confortável, o objectivo é mudar. Viver longe de casa, noutro tipo de ambiente, em que se é desafiado a não ter tudo aquilo que se está habituado a ter, é uma oportunidade para aprender sobre si mesmo e sobre o mundo de forma muito interessante. As universidades devem também aproveitar melhor os seus contextos locais. O facto de a minha universidade não ser em Charlotte ou em Nova Iorque pode ser um problema, mas também pode ser um activo. Dizemos aos alunos que podem fazer coisas ali que não podem fazer em Nova Iorque. As coisas também podem ser assim em Portugal. Há algo diferenciador em Braga, por exemplo, que pode atrair estudantes.
Na conferência que deu na Universidade do Minho dizia que nos dois primeiros anos de curso os estudantes “não aprendem muita coisa”. Porquê?
É uma combinação de factores. Por um lado, os estudantes, nesses primeiros anos, não sabem bem por que estão na universidade e isso faz com que não levem os seus estudos muito a sério. Por outro, os professores e as instituições não desafiam suficientemente os estudantes e acabam por contribuir para que esse desinteresse se acentue. Se os estudantes não se colocarem à prova e se a instituição não os provocar não é surpreendente que eles não aprendam muito.
Quais são os factores determinantes para o sucesso de um estudante no ensino superior?
No meu livro mais recente [The Undergraduate Experience: Focusing Institutions on What Matters Most (Jossey-Bass, 2016), sem edição em português] identifiquei seis temas centrais para definir o sucesso de um estudante de licenciatura: a aprendizagem, as relações pessoais, as expectativas criadas, a capacidade de melhorarem, a liderança e o alinhamento. Uma experiência bem alinhada é suave onde tem que ser suave: na facilidade de fazer uma inscrição, encontrar alojamento, resolver questões processuais. Mas nas questões intelectuais e nos desafios deve ser exigente.
Esses factores funcionam como um todo ou há um que tenha maior importância?
No livro dizemos que é um todo, mas pessoas diferentes vão relacionar-se com eles de formas diferentes. A aprendizagem está em primeiro lugar.
As universidades nos dias que correm estão suficientemente focadas nas aprendizagens?
Em teoria, sim, mas na prática as universidades estão frequentemente concentradas em outras coisas além da aprendizagem, como a produção científica e a atracção de financiamento para a investigação. Isso é bom para o corpo docente, pode ser bom para os estudantes de doutoramento, mas se calhar não o é para os estudantes de licenciatura. Por outro lado, os estudantes estão também muitas vezes focados em questões pessoais ou de sociabilização, que são importantes, mas devem percebem que têm que concentrar-se fundamentalmente na aprendizagem.
Mas a verdade é que defende que as relações pessoais são uma das forças motrizes da experiência de um estudante de licenciatura. Temos tendência a esquecermo-nos que os estudantes são pessoas?
Há uma investigação recente muito interessante nos EUA que diz que aquilo em que os estudantes precisam realmente para serem bem-sucedidos é ter amigos na universidade que os apoiem quer em termos académicos, quer em termos emocionais. Os estudantes não podem ter apenas amigos que sejam divertidos.
Como é que criam ambientes mais favoráveis ao estabelecimento de relações pessoais fortes nas universidades?
Os estudantes têm de assumir a responsabilidade de se desafiarem a si mesmos. Não podem passar tempo apenas com as pessoas que já conhecem ou com pessoas que são semelhantes a si. Devem questionar-se sobre como conhecer pessoas novas, como alargar a sua rede social. Por outro lado, as instituições e os professores têm um papel muito significativo. Não podem pensar apenas em ensinar uma disciplina, mas antes em ajudar os estudantes a desenvolver relações pessoais com os seus pares que sejam significativas.
Quais são os principais factores que influenciam o sentimento de pertença de um estudante quando está na universidade?
O que acontece com frequência é que os estudantes do primeiro ano estão em aulas com turmas muito grandes, que são muito impessoais. E por isso não é surpresa se não se sentirem integrados. Podemos mudar os currículos dos cursos, mas também podemos fazer algumas coisas interessantes. Por exemplo, o professor que dá essas aulas a turmas muito grandes poder usar técnicas de aprendizagem activa e de trabalho em pequenos grupos para encorajar os alunos a conhecerem-se e a ligarem-se entre si para criarem esse sentimento de pertença. Também é possível dar aos alunos apoios académicos.
Como por exemplo?
Tutorias entre pares. Isso já existe, com alunos de anos mais avançados que funcionam como tutores de alunos mais jovens, mas eu penso que faz sentido que os tutores estejam presentes na sala de aula. Muitos estudantes têm dificuldades no primeiro ano, sobretudo nas tais aulas com muita gente. É normal que isso aconteça. Nessas alturas o ideal é que o estudante possa falar de imediato com um tutor, que deve estar lá, na primeira fila da sala de aula se possível.
Como é que é possível usar metodologias de aprendizagem activa quando os estudantes chegam às universidades com hábitos passivos?
É verdade, os estudantes têm frequentemente hábitos passivos. Uma coisa que eu faço é no primeiro dia de aula colocá-los em situações em que estão activos. Não se pode dar a possibilidade de os estudantes criarem o hábito de ser passivos. Além disso, falo com os estudantes sobre o porquê de estarmos a fazer o que estamos a fazer e por que motivo lhes peço para serem activos. Para que percebam não só o que têm que fazer, mas também por que têm que fazê-lo. Os estudantes vão encontrar valor nessas actividades se entenderem por que motivo as fazem. Descobri que muitos estudantes, depois de perceberem que podem ser activos, gostam muito mais de aprender. É uma experiência muito diferente ir para as aulas quando se vai estar a falar e a trabalhar sobre problemas interessantes em vez de apenas escutar e tirar notas.
Isso é algo que se possa mudar a um nível institucional ou é a tarefa de cada um dos professores por si?
Se os estudantes chegarem com a expectativa de serem passivos, vão continuar a sê-lo. Têm que ter experiências de aprendizagem activas em todas as aulas e têm que ser desafiados a serem activos em cada aula. A instituição pode criar expectativas e pode apoiar os professores a usarem este tipo de abordagem, mas é cada professor individualmente que deve criar estas oportunidades para os estudantes.


quinta-feira, 19 de julho de 2018

Conto Contigo - Programa de Literacia Familiar



FUNDAÇÃO  AGA KHAN PORTUGAL
Pprograma de reforço de competências parentais de suporte à literacia emergente das crianças, dirigidas aos técnicos das bibliotecas públicas e a outros mediadores de leitura enquanto parceiros essenciais das escolas e das famílias na promoção e desenvolvimento das literacias.

http://dglab.gov.pt//Brochura_CC.pdf (brochura de apresentação do Programa )

https://moodle.akfportugal. (Plataforma interativa)

Na sequência do protocolo de colaboração estabelecido no passado dia 4 de junho entre a DGLAB e a Fundação Aga Khan Portugal, está previsto decorrer em sete bibliotecas públicas, e na DGLAB, ações do Programa de Literacia Familiar “Conto Contigo” nas Bibliotecas Públicas,

segunda-feira, 16 de julho de 2018

Resolução do Conselho de Ministros n.º 94/2018

Resolução do Conselho de Ministros n.º 94/2018 - Diário da República n.º 135/2018, Série I de 2018-07-16
Presidência do Conselho de Ministros
Aprova o documento de orientação da Estratégia Nacional de Educação para o Desenvolvimento 2018-2022
ACEDER: https://dre.pt/

Um aluno do futuro: Leonel Mendes at TEDxLisboaED



Leonel David Mendes, nascido no dia 13 de Março de 1988, natural de Matosinhos no distrito do Porto. Licenciado em Artes Plásticas -- Vertente em Multimédia, em 2011. A trabalhar em ilustração na área da publicidade e edição editorial em freelance. No dia 1 de Abril de 2013 foi condecorado pela BBC por uma ilustração que venceu a categoria de "still image" no concurso "what if: Visions of the future". No seguimento do tema "Visions of the future", a TEDx Lisboa desafiou-o a fazer uma apresentação sobre as sua visão do futuro da educação em Portugal. Neste momento está a trabalhar na área da Realidade Aumentada para smartphones e tablets.

Luís Miranda Correia: Educação de alunos com necessidades educativas especiais. A profecia cumpre-se


Artigo de Luís Miranda Correia que saiu no Jornal Publico a 16.7.2018 com o título "Educação de alunos com necessidades educativas especiais. A profecia cumpre-se"

"Cumpriu-se o “chiquíssimo” discurso neoliberal centrado na educação do “somos todos iguais”.
Em 24 de maio de 2018 o vaticínio, ou seja, aquilo que poderia acontecer de negativo no que diz respeito à educação de alunos com necessidades educativas especiais (NEE), foi aprovado em Conselho de Ministros, sob a forma de Decreto-Lei. Em 22 de junho de 2018, o vaticínio tornou-se realidade ao ser promulgado pelo Presidente da República, tendo sido publicado em Diário da República a 6 de julho (Decreto-Lei n.º 54/2008, de 6 de julho). Cumpria-se a profecia. Cumpria-se o “chiquíssimo” discurso neoliberal centrado na educação do “somos todos iguais”, uma moda refinada que ignora totalmente a “significância da diferença” e tudo o que esta acarreta no que respeita ao sucesso educativo dos alunos com NEE. Uma moda que agrada a alguns grupos e, talvez, a uma grande parte da sociedade, mas que pode traduzir-se numa tragédia com consequências imprevisíveis, trágicas até, para estes alunos.
PUB
O Decreto-Lei n.º 54/2018, de 6 de julho, que estabelece o Regime Jurídico da Educação Inclusiva, afasta a conceção de que “é necessário categorizar para intervir”, afirmando ainda que se procura “garantir que o Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória seja atingido por todos”. Dois pressupostos se colocam. O primeiro leva-nos a concluir que nesta “diversidade” construída pelo Ministério da Educação (ME), subentenda-se, as NEE são ignoradas (excluídas?) como que a parecer uma questão de preferência educativa ou, pior ainda, uma questão em que as “diferenças significativas” são relegadas para segundo plano, equiparando-as a uma qualquer diferença banal, tal como a altura de um indivíduo, a cor do cabelo, as preferências gastronómicas e demais desigualdades triviais. O segundo ignora, pura e simplesmente, a multiplicidade de características, distribuídas por categorias, que as NEE englobam, conferindo a cada uma delas uma identidade própria e diferentes graus de severidade. Ou seja, as NEE englobam condições específicas de carácter intelectual, emocional, comportamental ou mental ou de caráter físico ou sensorial, inscrevendo-se, contudo, todas elas, num contínuo cujo intervalo se situa entre o ligeiro e o severo. Mais, a existência de uma comorbilidade entre algumas delas pode ser impeditiva de uma boa aprendizagem, caso não sejam consideradas intervenções adequadas. Assim sendo, esta nova Lei, ao tentar tratar todos os alunos de uma mesma forma, não só está a praticar uma discriminação infundada e injusta, como também está a desrespeitar grosseiramente os direitos dos alunos com NEE.
Um outro aspeto digno de nota diz respeito ao facto de esta nova legislação se ter apoiado, sobremaneira, como é referido no seu preambulo, no preceituado na “Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (CDPD)”. Aqui, mais dois pontos a destacar. O primeiro prende-se com a forma como, sem qualquer justificação aparente, se “deita fora” a designação “necessidades educativas especiais”, embora na CDPD, no artigo que se refere à educação (Artigo 24) se diga, logo no seu início, que os “Estados devem reconhecer os direitos das pessoas com necessidades especiais (disabilities) à educação”. Ao pretender-se excluir do documento o termo NEE, não só se está a desvirtuar o desígnio explícito na CDPD, mas também se está a reconhecer que, de facto, as NEE, pese embora a sua natureza ou severidade, passam a ser, neste Decreto, inseridas na categoria de “todos” e a constituírem-se, como lá se relata, uma “prioridade política”. Realmente a palavra “todos”, para além de ser usada em “chavões” que em pouco ou nada têm contribuído para a melhoria da condição humana, é ainda usada com frequência em política e em religião, parecendo de há uns anos a esta parte ter-se transferido para a educação com resultados muito negativos no que toca à educação de crianças e adolescentes com NEE. Mary Warnock, uma das maiores especialistas nestas matérias a nível mundial, refere sobre este assunto que este tipo de abordagem à educação de alunos com NEE faz parte da linguagem apelativa da igualdade - tratamento igual, igualdade de oportunidades e não discriminação – tendo, no entanto, como resultado precisamente o efeito contrário quando não se considera a natureza e a severidade dos problemas que um aluno com NEE possa apresentar. O “politicamente correto” a sobrepor-se ao “educacionalmente correto”.
Quanto ao segundo ponto, no que concerne à sujeição do Decreto-Lei n.º 54/2018 ao preceituado no Artigo 24 da CDPD, para além do enigma de não se inserir (ignorar) a designação de “necessidades educativas especiais”, operacionalizando-a, e de não se considerar o papel da educação especial na educação dos alunos com NEE, ele parece apenas considerar, categorizando, contrariamente à substância implícita no texto do diploma (não categorização), as necessidades dos alunos cegos (artigo 14.º) e surdos (artigo 15.º), mantendo-se “mudo” no que respeita às necessidades específicas dos alunos com outro tipo de NEE como, por exemplo, alunos com perturbações emocionais e do comportamento, com autismo ou com dificuldades de aprendizagem específicas (dislexias, disgrafias, discalculias). Ou seja, a categorização reaparece nestes artigos, embora se refira unicamente a uma parcela diminuta dos alunos que se inscrevem no espectro das NEE (cerca de 1 a 2%), discriminando todos os outros.
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Finalmente, pese embora alguns aspetos positivos que esta nova Lei incorpora, a minha preocupação recai no facto de ela parecer sustentar ostensivamente a máxima de que “todos” os alunos beneficiam de uma educação de qualidade quando inseridos numa classe regular (inclusão total). Este posicionamento moral e político, neoliberal, direi, parece-me altamente questionável em termos educacionais por, em muitos casos de alunos com NEE significativas, não ser o adequado. E, se não é adequado, como se pode entender que seja benéfico e consequente para os alunos com NEE? Na minha ótica, não consigo entender como um posicionamento deste tipo, que pretende promover um tipo de educação que, segundo a investigação, não tem dado resultados positivos, seja respeitador do que quer que seja. Apenas denota falta de respeito pelos direitos dos alunos com NEE e os de suas famílias.
Termino, com a avaliação sobre este assunto efetuada pela Organização Mundial de Saúde que, num dos seus relatórios sobre a educação de pessoas com NEE, afirma que o conceito de “inclusão total” é irrealista, sugerindo uma abordagem muito mais flexível."

sexta-feira, 13 de julho de 2018

Princípios Fundamentais de um Quadro de Qualidade para a Educação de Infância




O documento da Comissão Europeia “Proposal for key principles of a Quality Framework for Early Childhood Education and Care”, elaborado por um Grupo de Trabalho Temático em que Portugal participou, foi traduzido para português e encontra-se disponível na página da DGE.

Esta “Proposta de Princípios Fundamentais de um Quadro de Qualidade para a Educação de Infância” identifica e analisa as iniciativas políticas dos Estados Membros que conduziram à melhoria da qualidade e ao acesso à Educação de Infância e as investigações internacionais, constatando, no entanto que a definição de qualidade pode divergir de acordo com os contextos políticos e socioculturais mais vastos em que se inserem os serviços de Educação de Infância.

Fonte: DGE

Imagem APEI

quinta-feira, 12 de julho de 2018

EDUCAÇÃO INCLUSIVA: Manual de Apoio à Prática





No seguimento da publicação do Decreto-Lei n.º 54/2018, de 6 de julho, e conforme definido no seu artigo 32.º, a DGE disponibiliza o Manual de Apoio à Prática cuja finalidade é a de apoiar os profissionais na implementação do novo regime jurídico da educação inclusiva, assim como apoiar os pais/encarregados de educação na sua colaboração com a escola.
O compromisso com a construção de uma escola inclusiva é um desígnio nacional e um desafio para o qual estamos TODOS convocados.
Brevemente será disponibilizada a versão deste Manual em formato acessível.

Guia para planeamento de reuniões saudáveis e sustentáveis



A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou o guia para planeamento de reuniões saudáveis e sustentáveis: “Planning healthy and sustainable meetings - A how-to guide for healthy and sustainable meetings at the WHO Regional Office for Europe”, disponível em http://www.euro.who.int. Este manual surgiu como uma iniciativa do Gabinete Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças Não Transmissíveis, da OMS.

Se uma reunião tiver menos de quatro horas, devem ser feitas pausas de hora a hora, durante três a cinco minutos, ou de duas em duas horas, por cinco a dez minutos. Nesses intervalos, os participantes devem levantar-se, fazer alongamentos e mexer-se. 

Se durar mais de quatro horas, então deve haver uma pausa de meia hora, para que se possa caminhar ou fazer exercícios de relaxamento ou alongamentos. A sugestão, uma de muitas do guia “Planear reuniões de trabalho saudáveis e sustentáveis”, é do Comité Regional para a Europa da OMS.

Continuar a ler: https://www.dgs.pt/

terça-feira, 10 de julho de 2018

Ensino à Distância


SABER tudo: http://www.dge.mec.pt/ensino-distancia-0
O Ensino a Distância (ED) é uma oferta educativa e formativa para os 2.° e 3.° ciclos do ensino básico e do ensino secundário, complementar das outras ofertas curriculares existentes nestes níveis de ensino.
O ED funciona através de uma plataforma digital, constituída por salas de aula virtuais, organizadas por público-alvo, ano e ciclo de escolaridade, com recurso a formas de trabalho síncronas e assíncronas.
O ED responde, prioritariamente, às necessidades educativas de:
a) Alunos filhos de profissionais itinerantes que estão sujeitos a condições especiais de frequência escolar, dada a constante mobilidade das famílias;
b) Alunos que não concluíram a escolaridade obrigatória e que se encontram integrados em instituições particulares de solidariedade social que estabeleçam com a escola sede do ED protocolos visando assegurar o cumprimento daquela;
c) Alunos matriculados que, por razões de saúde ou outras consideradas relevantes, se encontram impedidos de frequentar uma escola em regime presencial, durante e até ao limite do ano letivo que frequentam, obtido parecer favorável da DGE e, no caso do curso profissional, da ANQEP, I.P..  

segunda-feira, 9 de julho de 2018

O MILObs - Observatório sobre Média, Informação e Literacia



O MILObs define-se como um Observatório sobre Média, Informação e Literacia que acompanha, monitoriza e divulga o que se faz no domínio da Educação para os Media, em Portugal e no estrangeiro, ao mesmo tempo que promove a Literacia Mediática junto dos diferentes setores da sociedade.

O projeto teve início em 2012, com um Protocolo de Colaboração celebrado entre o Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade, da Universidade do Minho, e o então Gabinete para os Meios de Comunicação Social. A sua origem está, no entanto, simbioticamente relacionada com a constituição do GILM – Grupo Informal de Literacia para os Média.

Contém material para actividades de educação para os média.

sexta-feira, 6 de julho de 2018

Decreto-Lei n.º 55/2018 e retificação

 - Decreto-Lei n.º 55/2018 - Diário da República n.º 129/2018, Série I de 2018-07-06
Presidência do Conselho de Ministros 
Estabelece o currículo dos ensinos básico e secundário e os princípios orientadores da avaliação das aprendizagens.
ACEDER https://dre.pt/


 - Declaração de Retificação n.º 29-A/2018 - Diário da República n.º 170/2018, 1º Suplemento, Série I de 2018-09-04
Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria-Geral 

Retifica o Decreto-Lei n.º 55/2018, de 6 de julho, da Educação, que estabelece o currículo dos ensinos básico e secundário e os princípios orientadores da avaliação das aprendizagens, publicado no Diário da República, 1.ª série, n.º 129, de 6 de julho de 2018.


 Decreto-Lei n.º 55/2018


A aplicação do presente diploma às Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira faz -se sem prejuízo das competências dos órgãos de governo próprio em matéria de educação.

São revogados: a) O Decreto -Lei n.º 139/2012, de 5 de julho, na sua redação atual, de acordo com a calendarização de produção de efeitos fixada no artigo seguinte; b) Os artigos 4.º e 5.º do Decreto -Lei n.º 176/2012, de 2 de agosto, na sua redação atual; c) A Portaria n.º 341/2015, de 9 de outubro

A apresentação em Power Point do Diploma do Currículo do Ensino Básico e SecundárioSíntesehttps://www.dge.mec.pt/

Decreto- Lei nº 54/2018


Decreto- Lei nº 54/2018 de 6 de julho, DR Iª série, nº 129 - Regime jurídico da  educação inclusiva 
O presente decreto estabelece os princípios e normas que  garantem a inclusão enquanto processo que visa responder às necessidades e potencialidades de todos e de cada um dos alunos, através do aumento e da participação nos processos de aprendizagem e na vida da comunidade educativa. 

ACEDER:
AQUI 

Perguntas e Respostas AQUI

São revogados o Dec. Lei nº 3/2008 de 7 de janeiro e a Portaria 201- C/2015








quarta-feira, 4 de julho de 2018

RNOFA: Repositório Nacional de Objetos em Formatos Alternativos


Repositório Nacional de Objetos em Formatos Alternativos



Reduzir as barreiras de acesso à leitura por pessoas com deficiência, designadamente visual, é um objetivo importante na missão da Biblioteca Nacional de Portugal, que há muitos anos tem vindo a prestar serviços nesse âmbito através da Área de Leitura para Deficientes Visuais (ALDV), que completará 50 anos em 2019.

No sentido de modernizar, simplificar e racionalizar esses serviços através dum sistema online partilhado, a BNP desenvolveu uma nova plataforma, o Repositório Nacional de Objetos em Formatos Alternativos (RNOFA) que visa facilitar o acesso a recursos em formatos como o braille impresso e digital, áudio e textos digitais, disponibilizados não só pela BNP-ALDV mas também por outras entidades portuguesas.

Aberto à participação de outras entidades, o RNOFA assume uma dupla função: a de Catálogo Coletivo, que identifica todos os recursos colocados à disposição da comunidade; e a de Repositório para as entidades que não disponham de infraestrutura para colocar em rede os seus próprios recursos digitais.

Podem ser parceiras do RNOFA quaisquer entidades portuguesas, públicas ou privadas, que sejam produtoras ou detentoras de conteúdos em formatos alternativos. As Entidades Parceiras terão acesso autenticado ao back-office do sistema para poderem carregar as suas descrições bibliográficas e armazenar os seus objetos digitais sem qualquer custo, de forma autónoma e em ambiente Web.

A nível de cooperação internacional, os dados dos recursos disponibilizados no RNOFA serão, por sua vez, canalizados para o portal ABC - Accessible Books Consortium, lançado em junho de 2014, na sequência da aprovação do Tratado de Marraquexe, e liderado pela World Intellectual Property Organization (WIPO), com objetivos em tudo idênticos ao RNOFA mas à escala mundial.

A pesquisa no RNOFA encontra-se aberta a qualquer pessoa. Já o acesso, para requisição ou download de recursos referenciados no RNOFA é restrito a a pessoas com deficiência visual, mediante inscrição e autenticação, de modo a respeitar a legalidade da reprodução disponibilizada em formato alternativo de obras protegidas por direito de autor, de acordo com a alínea i) do art.º 75.º e o artigo 80.º do Código do Direito de Autor e dos Direitos Conexos.

Mediante autenticação, os utilizadores inscritos no RNOFA, ou as bibliotecas que os representam, terão acesso imediato aos recursos em formatos digitais e também a possibilidade de requisitar e receber, por correio, obras impressas em braille.

No momento do seu lançamento, o RNOFA já disponibiliza, produzidos pela BNP-ALDV, 3.724 livros em braille impresso, 307 livros em braille digital, 2.198 audiolivros e 1.098 livros em texto digital.

terça-feira, 3 de julho de 2018

Plataforma Refujobs




O que é a Plataforma Refujobs?
A Plataforma Refujobs é uma ferramenta online de apoio à contratação na qual poderão inscrever-se, de forma gratuita, potenciais candidatos e empresas com o objetivo de realizar o matching entre os perfis das pessoas refugiadas e as respetivas oportunidades de Emprego/Formação.

ebook: "Boom Digital? Crianças (3-8 anos) e Ecrãs"


Reflexões sobre os usos/competências/danos experimentados pelas crianças e o papel das famílias na socialização digital
No Dia da Internet Mais Segura 2018, iniciativa europeia que arranca a 6 de fevereiro, a ERC – Entidade Reguladora para a Comunicação Social disponibiliza ao público, no seu sítio eletrónico, o ebook "Boom Digital? Crianças (3-8 anos) e Ecrãs" (http://www.erc.pt/ )

"WHAT IS...(anxiety/depression....) " Mental Health Handouts"





Mylemarks is your destination for social and emotional learning tools for children.

segunda-feira, 2 de julho de 2018

Pilar Europeu dos Direitos Sociais




A União Europeia acaba de lançar um guia de bolso sobre o Pilar Europeu dos Direitos Sociais, assente nos direitos que os cidadãos deverão ter, agrupados em três grandes categorias: igualdade de oportunidades e acesso ao mercado de trabalho; condições de trabalho justas e proteção e inclusão sociais.
O guia utiliza experiências do mercado de trabalho, da vida quotidiana e de situações de pessoas na reforma para demostrar como os cidadãos podem beneficiar destes direitos inerentes a uma União Europeia mais justa e mais inclusiva, assente num crescimento económico sustentável. 
Para Marianne Thyssen, Comissária Europeia para o Emprego, Assuntos Sociais, Competências e Mobilidade Laboral, a Europa social significa: dar aos trabalhadores o direito de terem um tratamento justo e igual nas suas condições de trabalho; o acesso à proteção social e formação, independentemente do tipo, duração e da relação de emprego; apoiar os trabalhadores na mudança de trabalho temporário para contratos permanentes; fomentar formas inovadoras de trabalho, garantindo condições de trabalho de qualidade; incentivar o empreendedorismo e o auto-emprego e impedir as relações de trabalho que levam a condições precárias de trabalho (incluindo a proibição do abuso de contratos atípicos).
Através de testemunhos concretos de gestores, empreendedores, jovens estudantes, famílias ou simples cidadãos reformados ou desempregados, o guia mostra como é possível responder à preocupação generalizada que existe sobre o futuro do trabalho, a desigualdade e a mudança demográfica. 
Fonte: anqep