Apesar dos avanços na igualdade de género e do número crescente de mulheres no ensino superior, o mercado de trabalho continua a refletir desigualdades salariais entre homens e mulheres com o mesmo nível de qualificações. A diferença tem vindo a diminuir na última década, mas permanece significativa, como demonstra um insight do Brighter Future.
Em 2023, o salário mediano dos homens licenciados foi de 1.860 euros, um valor 27% superior ao das mulheres com o mesmo nível de escolaridade (1.467 euros).
Em comparação com 2010, ano em que a diferença foi de 33% (ou 527 euros), regista-se uma menor disparidade salarial de género. Esta evolução assenta, sobretudo, no crescimento mais acelerado dos salários medianos das mulheres no período pós-crise financeira.
Por profissão, as maiores disparidades salariais entre homens e mulheres licenciados concentram-se em cargos de direção e gestão empresariais, nos quais os homens chegam a ganhar um valor superior a 40%, em termos de salário mediano.
Em 2023, as diferenças mais acentuadas verificaram-se entre diretores gerais e gestores executivos de empresas, diretores das indústrias de construção e engenharia civil, administrativos e secretários especializados, diretores de investigação e desenvolvimento e diretores dos serviços de saúde.
De um total de 137 profissões analisadas, são apenas 15 aquelas em que as mulheres licenciadas auferem salários medianos superiores. A vantagem ultrapassa os 6% entre biólogos, professores do ensino superior, profissionais de segurança, assistentes de viagem e matemáticos.
Fonte Edublog
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