segunda-feira, 2 de maio de 2011

Marta Rebolo

AMOR

Amar. Amar é tornar-se submisso e fiel ao amor, é entregar-se
de olhos fechados e braços abertos, é mergulhar de cabeça
sem olhar para o fundo.
O amor intoxica-nos, envolve-nos e isola-nos. Lança fragrâncias
ao ar, transforma o frio em calor e embeleza tudo à sua volta.
Muitos dizem que nos cega, mas o que ele faz é apenas
elucidar-nos. Faz-nos ver as coisas como elas são de verdade
 e não o que as aparências mostram. Faz-nos reparar nos
pormenores mais medíocres e respiramos de forma diferente.
Faz-nos ver em vez de apenas olhar. Devolve-nos os sonhos e
faz-nos acreditar em nós próprios.
Faz o nosso sangue ferver e os nossos poros transpirar. Causa
um remoinho de borboletas no estômago e deixa a nossa cabeça andar à roda.
É o único capaz de começar guerras e acabar com elas.
O amor torna todos os sacrifícios pequenos prazeres,
transforma momentos em eternidade e eternidade em míseros
momentos. Ele persiste através do tempo e é a meta para a
 qual todos caminhamos.
Uma vida sem amor é como um mar sem ondas, um céu sem
nuvens, verão sem sol e inverno sem chuva.
As pessoas que amam não precisam viver juntos pois a partir
do dia em que se conheceram passaram a viver um dentro do
outro.
Amor…laços inseparáveis e emoções fervilhantes. Memórias
inesquecíveis; imagens gravadas nos olhos de quem ama,
sabores exóticos misturados na boca dos enamorados, odores
 familiares e desejo ardente infinito.
É assim esta emoção sem definição concreta, que todos dizem
 conhecer mas ninguém consegue caracterizar.
De amor não se fala, sente-se.


MARTA REBOLO
2009
Professora: Conceição Martins






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