Um antigo índio Cherokee disse
ao seu neto, “Filho meu, dentro de nós existe uma batalha entre dois lobos. Um
é Malvado. É a ira, a inveja, o ressentimento, a inferioridade, as mentiras e o
ego. O outro é Benévolo. É a felicidade, a paz, o amor, a esperança, a
humildade, a bondade, a empatia, a verdade”. O menino pensou um pouco e
perguntou: “Avô, qual lobo ganha?” O ancião respondeu: “ Aquele que você
alimenta.”
Verdade!
Todos temos um lado negro que contém
os nossos impulsos destrutivos perante pessoas ou situações que nos desagradam, que encerra a vontade de fazer o mal.
Ser capaz de suportar essa ansiedade, doer no próprio o mal causado ou pensado, e por tal, desenvolver uma conduta
construtiva - dar o seu melhor para ser um ser humano respeitoso de si e dos
outros - , é uma força de caráter.
Se se alimenta o lado negro, alimenta-se uma fraqueza e a dificuldade em travar esses comportamentos, está no prazer que deles advém, conforme afirma Jean-Pierre Lebrun “O ódio é em si
inerente à psique” “Mas o gozo do ódio – continua - é da responsabilidade do
indivíduo!
Uma coisa é sentir ódio como sentimento transitório, ou pensamento ou ação, outra é ter prazer em alimentá-lo e constituir-se como característica duradoura da personalidade
Uma coisa é sentir ódio como sentimento transitório, ou pensamento ou ação, outra é ter prazer em alimentá-lo e constituir-se como característica duradoura da personalidade
Jean-Pierre Lebrun em entrevista à
universidade UNISINOS, perante a pergunta "Quais seriam as diferenças que apontaria
entre o ódio e gozo do ódio?", respondeu: "O ódio é em si
inerente à psique! Mas o gozo do ódio é da responsabilidade do indivíduo! Odiar
é um fato, mas desfrutar seu ódio é, por exemplo, encontrar uma satisfação no
fato de entretê-lo e sustentá-lo, o que não é a mesma coisa."
Jean-Pierre Lebrun é médico, psicanalista
e psiquiatra; membro da Associação Freudiana da Bélgica
BOM FIM de SEMANA
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