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Entre moda e modernidade, é um facto que a tutoria tem
sido uma estratégia que dezenas de escolas têm desenvolvido para enfrentar os
seus 3 problemas fundamentais: abandono, insucesso e indisciplina. Os
agrupamentos TEIP – territórios educativos de intervenção prioritária –
generalizaram a medida. Impõe-se, contudo, esta reflexão: é ou não um processo
eficaz? Se o é, porquê? O que falha, quando, apesar de muitos recursos
alocados, vemos que nenhum dos problemas de partida se resolveu?
Há evidências
sobre o impacto positivo das tutorias, mas também sobre as dificuldades,
algumas que serão difíceis de assumir às gestões escolares ou aos organismos
superiores, outras aos professores e até aos alunos e suas famílias. Não
escamoteando os constrangimentos, olharemos principalmente para o como
fazer e, da reflexão teórica que se impõe, à visão metodológica
necessária, discutiremos, a partir da experiência (humilde) da prática, o que é
uma boa tutoria: com resultados, bem operacionalizada e produto do equilíbrio
entre a relação humana estabelecida e a promoção do retorno do aluno ao mundo
escolar.
João
Freire, Psicólogo Escolar e da Educação, desde
2006, e Mestre em Psicologia pela Universidade da Beira Interior. Trabalha em
escolas públicas desde 2008 e em TEIP desde 2010. Foi colaborador da Network of
European Psychologists in the Educational System de 2010 a 2013 e depois
representante português, entre 2013 e 2014, através do Sindicato Nacional dos
Psicólogos, do qual é responsável pela Comissão de Educação. Fruto da sua
experiência em TEIP, tem realizado comunicações nas temáticas da inclusão e da
indisciplina
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