Artigo de Samuel Silva que saiu no
Jornal Publico a 18.01.23 com o título Novo curso privado de Medicina só vai ter vaga para
dez alunos portugueses:
Os restantes 30 lugares são destinados a estudantes
estrangeiros. Acreditação pela A3ES já teve em conta recusa do Centro
Hospitalar de Gaia
O curso privado de Medicina da Universidade Fernando
Pessoa, aprovado na semana passada pela Agência de Acreditação e Avaliação do
Ensino Superior (A3ES), só vai ter vaga para dez estudantes nacionais. Os
restantes 30 lugares estão destinados a alunos estrangeiros, avança a
instituição de ensino superior. As aulas começam em Setembro, mas ainda não é
conhecido o valor das propinas que vão ser cobradas.
O projecto que a Universidade Fernando Pessoa apresentou à A3ES previa a abertura de 100 lugares anuais para novos alunos. A instituição prometia abrir “apenas” 20 vagas para candidatos nacionais. “As restantes 80 destinam-se a candidatos da UE e de países terceiros.” No entanto, face às limitações apontadas pela agência de acreditação à proposta, o novo curso pode apenas abrir 40 vagas no primeiro ano, podendo chegar, no máximo, às 60 quando entrar em velocidade de cruzeiro.
Dos 40 lugares aprovados para a primeira fornada de médicos da Fernando Pessoa,
30 são “destinadas a alunos estrangeiros”. Ou seja, 75% do total. Para
estudantes portugueses ficam dez vagas, anuncia ao PÚBLICO a direcção da
universidade, em resposta escrita. A mesma fonte afirma que o início das aulas
está previsto para Setembro de 2023.
(…)
A universidade não avança, para já, qual será o valor das propinas que vão ser
pagas pelos novos alunos. Quando, há dois anos, abriu o primeiro curso privado
de Medicina, a Universidade Católica passou a cobrar 16.250 euros anuais aos
seus alunos – ou seja, quase 100 mil euros para a totalidade dos seis
anos de formação. Na altura, a reitoria da universidade justificou que esse
valor “reflecte o custo de formação de um aluno de Medicina, que não é
diferente na Universidade Católica de uma universidade pública”.
A Fernando Pessoa também não avança ainda qual
será o período de candidaturas ao novo curso. “Relativamente ao funcionamento
do mestrado integrado em Medicina, a Universidade Fernando Pessoa
pronunciar-se-á no momento em que a acreditação e o plano de estudos forem
publicados em Diário da
República”, informa a direcção da instituição, reiterando o que já
havia dito na segunda-feira, quando foi conhecida a decisão da A3ES de atribuir acreditação à nova formação.
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