A 15 de julho celebra-se o Dia Mundial das Competências dos Jovens. A efeméride destaca a importância da educação e formação para jovens entre os 15 e os 24 anos e é também uma oportunidade para refletir sobre os desafios que estes enfrentam no acesso a um ensino de qualidade.
No EDUSTAT, aproveitamos esta data simbólica
para analisar a evolução da taxa de retenção e desistência no ensino secundário
em Portugal, um indicador que revela o nível de progressão dos aluno.
Entre 2012 e 2024, a evolução é marcadamente positiva: a taxa de alunos do ensino secundário que não transitaram de ano letivo, por falta de aproveitamento, passou de 20,1% para 9,6%. Em 2002, a taxa estava em 37,4%.
Após anos consecutivos de diminuição da taxa, entre 2021 e 2023 verificou-se uma ligeira tendência de subida. No entanto, em 2024, este indicador voltou a descer, ainda que com uma variação mínima (menos 0,2 pontos percentuais, em relação a 2023).
Ainda assim, estes dados mais recentes mostram que perto de um em cada 10 alunos fica retido no mesmo ano, num sinal de que as competências adquiridas no ensino básico nem sempre estão a garantir transições bem-sucedidas no secundário.
De realçar também a mudança no perfil no nível de ensino com maior taxa de
retenção. Entre 2009 e 2019, a taxa de retenção era mais elevada nos cursos
científico-humanísticos do que nos cursos profissionais e planos
próprios. No entanto, entre 2020 e 2024, observa-se uma nova realidade: a taxa
de retenção passou a ser mais expressiva nos cursos profissionais e
planos próprios.

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